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85% dos criadouros de mosquito estão em casas de Cuiabá, diz prefeitura

Capital está em situação de alto risco epidemia de dengue, zika vírus e febre chikungunya. Bairros mais preocupantes são o Três Barras, Residencial Paraná, Nova Canaã 1ª, 2ª, e 3ª etapa.

Data: Sexta-feira, 23/02/2018 09:23
Fonte: G1 MT

Um levantamento do índice de infestação do Aedes aegypti aponta alto risco para epidemias em Cuiabá. De acordo com a Prefeitura de Cuiabá, 85% dos criadouros estão nas residências e a maioria delas apresentam mais de um foco do mosquito.

O primeiro Levantamento de Índice Rápido de Infestação (LIRAa) deste ano aponta que Cuiabá está em situação de alto risco para transmissão e epidemia de dengue, zika vírus e principalmente da febre chikungunya, com Índice de Infestação Predial (IIP) médio de 8,6% e mais 125 bairros com percentuais acima deste, que vão de 8,9% a 19,4%.

Os números são considerados extremamente alarmantes, uma vez que o satisfatório preconizado pelo Ministério da Saúde é menor que 1%, de 1% a 3,9% situação de alerta e acima de 3,9%, de risco.

Dentre os bairros mais preocupantes estão o Três Barras, Residencial Paraná, Nova Canaã 1ª, 2ª, e 3ª etapa, Colina Verde, Jardim Umuruama, Altos da Glória e 1º de Março todos com 19,4%.

Em segundo lugar, com 18%, estão o Jardim Ubatã, São Benedito, Coophamil, Jardim Beira Rio, Novo Terceiro, Santa Izabel, Jardim Araçá, Barra do Pari, Santa Amália e Canachuê.

Diferente dos demais, que estão compostos por no mínimo oito bairros, o terceiro lugar com 17,4% é formado por apenas cinco comunidades, sendo Vista da Chapada, Voluntários da Pátria, Residencial Sonho Meu e Pedra 90 - 1ª e 2ª etapas.

O LIRAa também destaca que mais de 85% dos criadouros estão nas residências e a maioria delas apresentam mais de um foco sendo que, 80% estão em depósitos ao nível do solo como caixas d'água, tambores, ou outro tipo de recipiente aberto que possa acumular água.

O lixo e demais resíduos sólidos como tampinhas de garrafa, latas velhas, cascas de ovo, sacos plásticos, vasilhas e calhas aparecem em segundo lugar na preferência das fêmeas para botar os ovos e proliferar a espécie.

 

Drone

 

O uso de drone para o mapeamento e monitoramento dos focos do mosquito Aedes aegypti está em fase de teste, em Cuiabá. As imagens capturadas servirão de subsídio para que o Comitê de Ação Preventiva contra o mosquito Aedes aegypti intensifique ainda mais as ações de combate ao mosquito nos bairros com maior índice de proliferação.