O Ministério da Agricultura e Pecuária informou que cinco novos focos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em aves silvestres foram detectados no Brasil. No total, há 30 casos da doença em aves silvestres no país. De acordo com a pasta, existem outras seis investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.
As notificações em aves silvestres não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP nem trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).
O governo autorizou a destinação de R$ 200 milhões ao Ministério da Agricultura para que a pasta atue no enfrentamento à influenza aviária de alta patogenicidade. O crédito será aplicado no Suasa (Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária).
Entre as ações previstas estão a rápida identificação, a testagem e os cuidados sanitários dos casos suspeitos. "Para isso, as equipes técnicas poderão contar com reforço para as ações pontuais in loco", destaca o comunicado.
O primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade foi confirmado pelo Ministério da Agricultura no estado de São Paulo. A ave silvestre da espécie Thalasseus maximus (trinta-réis-real) foi encontrada no município de Ubatuba, no litoral norte paulista.
O governo avisa que todos os estabelecimentos ou criações de aves num raio de 10 km dos focos nos estados são investigados e orientados quanto às medidas de prevenção, conforme prevê o Plano de Contingência de IAAP, do Departamento de Saúde Animal.