A Polícia de São Paulo identificou um dos suspeitos do assassinato do homem conhecido como Pedrinho Matador, ocorrido em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, em março deste ano.
Pedro Rodrigues Filho era considerado o maior serial killer do Brasil. Ele tinha em sua ficha criminal 71 homicídios, mas afirmava ter matado ao menos cem pessoas, entre elas o próprio pai. Pela série de crimes, passou 42 anos preso — foi solto em 2017.
A prisão preventiva do suspeito já foi solicitada à Justiça. Não foram divulgados detalhes de quem seria o criminoso.
A polícia desenvolveu várias linhas de investigação sobre a motivação do crime, entre elas uma possível vingança em razão dos assassinatos cometidos por Pedrinho Matador.
Pedrinho foi morto no bairro Ponte Grande, em Mogi das Cruzes, em 5 de março, por volta das 10h. De acordo com a Polícia Militar, dois homens em um carro se aproximaram do serial killer e atiraram pelo menos quatro vezes.
O crime ocorreu em frente à residência de Pedrinho. Ele estava parado na calçada quando sofreu o ataque. Após os disparos, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, e a equipe confirmou a morte no local.
Pedrinho Matador nasceu em 29 de outubro de 1954, em uma fazenda na cidade de Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais. Em entrevistas, ele dizia que seu longo histórico criminal havia começado aos 14 anos, quando ele matou o vice-prefeito de Alfenas, em Minas Gerais.
A morte do político teria acontecido por vingança. O pai do assassino em série trabalhava como guarda em uma escola e fora acusado de furtar merendas destinadas aos alunos. Na época, ele foi mandado embora "sem direito a nada", de acordo com o criminoso.
“Esperei ele em frente à casa dele, atrás de uma árvore. A hora em que ele desceu do jipe foi a hora que eu dei o primeiro tiro”, contou em uma entrevista à Record TV. "Eu simplesmente sou um assassino. Eu sempre fui", definiu a si mesmo ao narrar sua história.
Pedrinho não demonstrava remorso quando falava sobre as pessoas que matou. Em sua visão, ele agia como um “justiceiro” e tirava a vida de quem julgava merecer morrer. “Eu mato pessoas que não valem nada. Eu nunca matei uma criança ou um idoso”, afirmava.
Ao longo dos 68 anos de vida de Pedrinho, 42 foram passados atrás das grades. De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, ele tem 20 condenações apenas no estado. Pedrinho esteve preso de 1985 a 2007, quando recebeu um indulto. Os crimes foram cometidos entre 1973 e 1990.
De acordo com o criminoso, ele também teria praticado o assassinato de colegas dentro do sistema prisional. Ao longo dos mais de 40 anos de prisão, foi transferido para diversos presídios do estado de São Paulo, até mesmo para um anexo da Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté.
Pedro foi preso pela primeira vez aos 18 anos, em 24 de maio de 1973. Após 34 anos, teve redução da pena, por ter trabalhado na cadeia, e foi solto em 2007, quando recebeu um indulto. Em 2011, ele voltou a ser preso e cumpriu pena até 2017.