As buscas pelo submarino Titan entram no quarto dia, e as chances de encontrar os cinco ocupantes com vida estão cada vez menores. Segundo estimativa divulgada pela Guarda-Costeira dos EUA, o equipamento ficaria sem oxigênio na manhã desta quinta-feira (22). Apesar do cenário preocupante, ainda existe a possibilidade de que todos estejam vivos.
O especialista em medicina hiperbárica Ken LeDez, da Memorial University em St John's, em Newfoundland, no Canadá, disse à BBC que é possível que as equipes de resgate tenham um pouco mais de tempo do que o estimado.
LeDez explicou à publicação que o suprimento de oxigênio no Titan vai acabar de maneira gradual e, dependendo do estado em que se encontram os ocupantes, pode durar um pouco mais de tempo.
O especialista ouvido pela imprensa britânica considera também a possibilidade de que algum ocupante permaneça vivo e consiga esperar por socorro. Ele afirma que cada organismo reage de uma maneira em condições extremas.
Na quarta-feira (21), a guarda-costeira anunciou que foram captados ruídos no fundo do mar, mas não foi possível descobrir a origem nem confirmar se era um sinal do submarino.
Além de lutarem contra a falta de oxigênio, os tripulantes precisam lidar com a hipotermia. Eles estão a 3.800 metros de profundidade, onde a temperatura da água é de cerca de 0°C.
A bordo do Titan estão o milionário britânico Hamish Harding, presidente da Action Aviation; o paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente da Engro, e seu filho Suleman; o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, especialista nos destroços do Titanic; e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions.
O submarino deixou de fazer contato com o navio de apoio no domingo (18), após ter iniciado a descida em direção aos destroços do Titanic. Não se sabe se a embarcação ficou presa ou se houve alguma falha no sistema.