Aconteceu na noite de quarta-feira dia 28, no plenário “Henrique Simionatto” da câmara municipal de Juína, uma audiência pública com o Sindicato Dos Trabalhadores do Ensino Público (SINTEP) e profissionais da educação das redes municipais e estaduais, para deliberar sobre várias pautas, entre elas, a recomposição salarial dos professores da rede estadual, e o pagamento do piso aos profissionais da educação da rede municipal, bem como a municipalização de mais duas escolas estaduais que a partir de 2024 passam a ser de competência do município, fator que geou revolta e indignação a professores, e alunos destas unidades de ensino.
A professora da E.E “Antônio Francisco Lisboa”, Maria José Fernandes, foi uma das profissionais que se mostrou indignada com a municipalização da escola, uma vez que a mudança de escola para os alunos pode acarretar na perda da identidade cultural da criança, além de não ser levado em conta a falta de comunicação com a comunidade escolar que deveria ser consultada antes de se fazer o redimensionamento, além da preocupação do futuro dos profissionais que não tem uma nova escola do estado para serem relocados.
O presidente do SINTEP/Sub sede de Juína, Carlito Pereira Da Rocha, lamentou a ausência do secretário municipal de educação, professor Ericson Leandro De Oliveira e também do prefeito municipal Paulo Augusto Veronese, que mesmo convidados não se fizeram presentes na audiência para responder os questionamentos dos profissionais que lotaram o plenário em busca de respostas, sobre o redimensionamento das séries inicias já realizado no início do ano, onde segundo o presidente Carlito Rocha, não houveram resultados vantajosos apresentados, e ressaltou sobre a municipalização da E.E. Antônio Francisco Lisboa, que acarretará na migração dos alunos das series finais para uma nova escola.
Carlito também falou sobre o pagamento do piso salarial que segundo ele o município apresentou uma proposta de realizar o pagamento do piso somente para os professores, ignorando os demais profissionais que atuam de forma direta na educação, e também o a falta de apresentação do plano municipal de educação que foi avaliado pela última vez no ano de 2019, e a atual gestão não se manifestou sobre a atualização e apresentação das diretrizes do plano que é de grande relevância para a comunidade escolar.
Para a aluna Maria Julia Fernandes Felisberto, será bastante difícil sua adaptação em uma outra unidade escolar, uma vez que a E.E. Francisco Lisboa que trabalha com educação do campo, o aprendizado é bem mais eficaz e produtivo.