De 1922 a 1990 um detalhe da vida de Osborne foi imutável: seus soluços, jamais curados pela medicina.
Tudo começou na década de 1920, quando ele caiu após pendurar um porco para o abate. Segundo exames, o acidente rompeu um vaso sanguíneo no cérebro, o que tornou o corpo incapaz de responder à crises de soluços.
No início, a taxa de soluços era de cerca de 40 por minuto, mas depois diminuiu para 30, até finalmente permanecer em 20 soluços por minuto.
Mesmo com algo tão irritante, Charles aprendeu certas técnicas para conseguir viver — e soluçar sem fazer barulho. Ele casou duas vezes e foi pai de oito crianças.
Em 1990, os soluços pararam tão inesperadamente como começaram. Provavelmente em paz, Charles morreu no ano seguinte, aos 97 anos. Estima-se que ele tenha soluçado 430 milhões de vezes durante a vida.
O soluço é um espasmo involuntário e repetido do diafragma (músculo fino localizado abaixo dos pulmões e que auxilia na respiração).
Os episódios normais de soluço, apesar de não terem causa óbvia, podem ser acionados pelo consumo de álcool, estômago inchado, ingestão de substâncias quentes ou irritantes e também pelo simples falo de falar enquanto come.