A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam na manhã desta segunda-feira (24) o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, por suspeita de envolvimento no homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Além do mandado de prisão preventiva, os agentes cumprem sete mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana.
Suel já havia sido preso em 2020, na operação Submersus 2, por suspeita de atrapalhar as investigações sobre a morte de Marielle. De acordo com as investigações, ele teria ajudado a sumir com as armas usadas no crime.
Em 2022, Suel foi submetido ao conselho de disciplina do Corpo de Bombeiros, e a decisão de expulsá-lo foi referendada pelo comandante-geral.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou em uma rede social que as investigações sobre o caso avançaram.
Em nota, a PF não deu detalhes, mas informou que a Operação Élpis é a primeira fase da investigação sobre o assassinato de Marielle e de Anderson e a tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. A vereadora e o motorista foram mortos em março de 2018.
Segundo a corporação, mais informações serão concedidas em entrevista coletiva marcada para as 11h no auditório principal da Superintendência da PF, na praça Mauá, na capital fluminense.
Em maio, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou, em entrevista exclusiva ao JR Entrevista, que a corporação iria coletar o depoimento do ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros na investigação sobre a morte da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018.
Barros foi preso durante uma operação da PF contra um grupo que teria fraudado certificados de vacinação contra a Covid-19. Ao longo da investigação, a PF obteve conversas entre ele e o tenente-coronel do Exército Mauro Barbosa Cid em aplicativos de mensagem, e em uma delas Barros afirmou saber quem mandou matar Marielle.
Na noite de 14 de março de 2018, a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco foi assassinada no centro da cidade junto com o motorista Anderson Gomes. O carro em que Marielle estava — e que era conduzido por Anderson — foi alvejado por 13 tiros.
Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são acusados de ter matado a vereadora. Os motivos e os mandantes do crime permanecem desconhecidos.