O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (24) que Élcio Queiroz, um dos presos acusados pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, fez uma delação premiada à Justiça. Mais cedo, a Polícia Federal prendeu ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, em mais uma fase de avanço na investigação do caso. Além do mandado de prisão preventiva, os agentes cumprem sete mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana.
"Ele [Élcio] revelou a participação de um terceiro individuo, que é Maxwell e confirmou a particiação dele próprio e do Ronie Lesa. Com isso, temos o fechamento de uma fase da investigação, com a conclusão de tudo o que aconteceu no crime", afirmou Dino.
Maxuel teria tido particpação na vigilância e acompanhamento da vereadora. Além disso, ele foi o responsável por depenar o carro usado no crime.
A vereadora foi assassinada na noite do dia 14 de março de 2018, junto com o motorista Anderson Gomes. O carro em que Marielle estava — e que era conduzido por Anderson — foi alvejado por 13 tiros.
O sargento da Polícia Militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz estão presos acusados do crime. Segundo o Ministério Público, Lessa é o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson. Já Elcio é apontado como o motorista do veículo Chevrolet Cobalt usado no crime. No entanto, o mandante dos assassinatos ainda é desconhecido.
Ao tomar posse no cargo, em 2 de janeiro, Dino prometeu atuar para desvendar o assassinato da vereadora e disse que era "questão de honra do Estado brasileiro" descobrir quem foi o mandante do crime. "Nós saberemos quem matou e quem mandou matar Marielle Franco", afirmou na ocasião.
Nos meses seguintes, ele trocou o comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro, colocando à frente da superintendência o delegado Leandro Almada da Costa, que investigou o caso.