Um subcomitê do Congresso dos Estados Unidos insistiu nesta quarta-feira (26) para que o governo informe os seus conhecimentos sobre objetos voadores não identificados (óvnis), depois de ter ouvido o depoimento de ex-membros das Forças Armadas que afirmam tê-los visto e que também dizem que as autoridades guardam provas.
Os três militares reformados afirmaram que as autoridades americanas detectaram óvnis no espaço aéreo do país durante décadas, como uma ameaça à segurança nacional, independentemente da origem.
Todos prestaram depoimento perante um subcomitê da Câmara dos Representantes dos EUA encarregado de investigar objetos voadores não identificados.
Dada a abundância de testemunhas, em muitos casos pilotos tanto militares como civis, os membros do subcomitê exigiram que o governo dos EUA estabelecesse um sistema "transparente e seguro" para que esses incidentes pudessem ser relatados às autoridades sem prejudicar a reputação de quem fez a declaração.
O depoimento mais relevante foi o de David Grusch, um oficial dos serviços secretos da Força Aérea dos EUA, que afirmou que as autoridades americanas estão em posse de naves de origem extraterrestre e dos restos mortais dos seus ocupantes.
Grusch mencionou também que os EUA têm um programa para estudar a suposta tecnologia extraterrestre e tentar reproduzi-la por meio da chamada engenharia reversa.
O ex-oficial da Inteligência, que em várias ocasiões se recusou a fornecer detalhes específicos em resposta a perguntas de membros do Congresso, ao alegar que a informação era confidencial, também afirmou que algumas das pessoas que trabalham com tecnologia extraterrestre foram feridas em acidentes enquanto tentavam manusear o equipamento capturado.
O tenente Ryan Graves, ex-piloto de um caça F-18 da Marinha dos EUA, comentou na sua intervenção inicial que, "se os óvnis são drones extraterrestres, são um problema urgente de segurança nacional". Graves acrescentou que, se os óvnis não forem de origem humana, "é uma questão para a ciência".
"De qualquer forma, os objetos não identificados são uma preocupação para a segurança aérea", enfatizou. Outra testemunha, o comandante David Gravor, também piloto reformado da Marinha, contou ter visto, em 2004, um óvni com a forma de um "Tic Tac", uma bala que se parece com um comprimido, com capacidade de voo impossível para a tecnologia dos EUA.
Graves disse que, se os EUA possuem tal tecnologia, ela "precisa ser supervisionada" pelos legisladores, que devem decidir o que é melhor para os interesses dos americanos.