A delegada afirmou que uma das vítimas através de atendimento especializado relatou os abusos praticados.

“Essas crianças foram ouvidas, acolhidas e atendimento especializado a equipe percebeu sinais claro de hiper sexualização, uma das crianças não conseguiu falar nada, ficou muito acanhada, mas a de quatro anos acabou revelando que ele a obrigava a masturbar, que já viu ele fazendo toques na região genital da bebê de 3 meses e que viu ele fazendo coisas feias com a criança de sete anos idade”, explicou.

Segundo Jéssica, a polícia foi acionada após denúncias anônimas e, em decorrência da gravidade, ainda ontem, a equipe com apoio do judiciário conseguiu o mandado de prisão. “Somado a outros elementos sigilosos da investigação nos deram indícios suficientes para representar com a prisão preventiva, ontem mesmo, com articulação com a rede de apoio nos conseguimos o mandado de prisão de forma rápida pois as crianças estão em uma situação de risco”, detalhou.

A delegada relatou que duas vítimas tinham contato nos finais de semana com o suspeito e que o mesmo já foi condenado anteriormente pelo mesmo crime. “Duas dessas crianças residem em Sorriso, afastado desse homem, mas com acesso no final de semana. Esse indivíduo já foi condenado criminalmente a uma pena de 15 anos por estupro de vulnerável cometido há alguns anos atrás e foi solto em 2017. Constituiu uma nova família e nesse novo núcleo familiar aproveitou-se dessas relações domésticas para abusar dessas crianças”.

Jéssica também detalhou as condições em que a residência se encontrava. “Em Ipiranga do Norte nos deparamos com uma situação deplorável, uma casa extremamente suja e uma outra criança de dois anos cheia de dermatite atópica que é um sinal de muito sofrimento emocional que vem passando, no qual a assistência social de Ipiranga foi acionada para encaminhar essas crianças para os respectivos exames de corpo de delito e demais exames”.

Por fim, disse que ainda está sendo investigado se a mãe tinha conhecimento do caso. “Está sob apuração, inicialmente trabalhamos com a possibilidade de a mãe não saber ter conhecimento dos fatos, mas é algo que ainda vai ser apurado”, concluiu.