Asteroides gigantes e potencialmente perigosos passam pela Terra todos os anos, e na grande maioria dos casos são inofensivos para a humanidade. Mesmo assim os astrônomos sempre os observam, para o caso de haver uma mudança na rota desses corpos rochosos.
No entanto, com o aumento dessas ocorrências, os cientistas estão ficando cada vez mais preocupados com a falta de preparo que os humanos têm caso um meteoro dessa magnitude realmente venha de encontro ao nosso planeta.
Desde o começo de 2022 mais de 170 aproximações de rochas espaciais perigosas foram registradas.
O CEO da SpaceX, Elon Musk, já havia comentado esse tema em seu Twiter: "Uma grande rocha atingirá a Terra eventualmente, e atualmente não temos defesa".
A Nasa, por sua vez, está estudando alguns métodos de defesa — um exemplo é a missão Double Asteroid Redirection Test no ano passado — e provou que poderia alertar o caminho orbital de um asteroide chamado Dimorphos.
Os cientistas usam uma escala chamada Torino Impact Hazard Scale para medir quão devastador seria o impacto de um asteroide. Eles analisam a velocidade em que ele está, além do tamanho e peso estimados. A escala varia de 0 a 10, com 0 significando que não há perigo.
Um asteroide classificado como Torino 1 é considerado normal, sem nenhum nível de perigo. De 2 a 4 está na zona amarela, o que significa que o asteroide merece muita atenção de especialistas e pode causar devastação regional.
Torino 5 a 7 é a zona vermelha, que merece atenção crítica e talvez até um plano de contingência internacional. Já nos níveis de 8 a 10 as coisas ficam mais preocupantes, já que nessa faixa o asteroide certamente acertará a Terra.
Os eventos de Torino 10 podem causar uma catástrofe climática global e ameaçar o futuro da civilização, segundo pesquisadores. Um alerta da Nasa mostra que um Torino 10 pode atingir a Terra em 2046, o que dá algum tempo para que medidas sejam tomadas.