O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, e o comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, foram na manhã desta quarta-feira (9) ao local em que um helicóptero da Marinha caiu, em Formosa (GO), deixando dois mortos e 12 feridos. Inicialmente a Marinha havia informado seis feridos. Entre as vítimas, duas passaram por cirurgia. O acidente ocorreu durante um exercício de treinamento. A aeronave, modelo UH-15 Super Cougar, foi fabricada pela Helibras – empresa brasileira que produz helicópteros civis e militares.
Em nota, a Marinha do Brasil informou que a Unidade Médica Expedicionária da Marinha, que participa do Exército, prestou socorro imediato às vítimas. Três militares permaneceram sob cuidados médicos da corporação, sete foram encaminhados ao Hospital Regional de Formosa e dois ao Hospital das Forças Armadas.
De acordo com a Helibras, as Forças Armadas encomendaram, em dezembro de 2008, 50 unidades da aeronave. Foram distribuídos 16 helicópteros para a Marinha, 16 para o Exército e 18 para a Aeronáutica.
Os três primeiros helicópteros foram entregues em dezembro de 2010. A reportagem entrou em contato com o Ministério da Defesa para confirmar os valores de cada unidade, e se todas já haviam sido entregues , mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.
Segundo a Marinha, a versão básica da aeronave é usada para o "apoio de operações terrestres de caráter naval, além de atividades benignas e de emprego limitado da força, tais como evacuação aeromédica, busca e salvamento, transporte aéreo logístico e combate a incêndio". As aeronaves desse modelo também participam de missões de apoio em desastres naturais.
De acordo com o site da fabricante, os helicópteros podem ser usados ainda em combate. O modelo tem sistemas de lançamento de mísseis Exocet. O helicóptero foi desenvolvido pelo time de engenharia da Helibras e da Airbus Helicopters, e a versão naval da aeronave é a mais complexa desse modelo já produzida.
A Marinha informou, em nota, que o acidente ocorreu durante um exercício chamado Fast Rope. A técnica é realizada para desembarque rápido da tropa em um ambiente adverso. O órgão afirma que não houve mísseis ou armamento pesado envolvido na atividade.
“Infelizmente, houve a parda irreparável de dois militares no momento do acidente. O sargento Luís Fernando Tavares Augusto, que servia no Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais, e o Sargento Renan Guedes Moura, lotado na Base de Fuzileiros Navais da Ilha do Governador. A Força está prestando todo o apoio aos militares feridos e aos familiares das vítimas”, afirma.
Uma comissão de investigação de acidentes aeronáuticos foi estabelecida para identificar a causa do acidente. De acordo com a pasta, um relatório preliminar com informações com o histórico da ocorrência e laudos devem ser concluídos no prazo de 180 dias.