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Donald Trump é indiciado por tentativa de manipulação das eleições de 2020 na Geórgia

A promotoria disse que daria até 25 de agosto para o ex-presidente se entregar voluntariamente à justiça do estado

Data: Terça-feira, 15/08/2023 08:46
Fonte: Do R7, com informações da AFP

A justiça da Geórgia indiciou, nesta segunda-feira (14), o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que está em campanha para retornar à Casa Branca, e 18 pessoas por supostamente tentarem alterar o resultado das eleições de 2020 nesse estado.

Em entrevista coletiva em Atlanta, capital da Geórgia, a promotora do condado de Fulton, Fani Willis, disse que daria até 25 de agosto "para Trump se entregar voluntariamente" à justiça do estado. Na decisão, ela invocou uma lei vigente na Geórgia sobre crime organizado, frequentemente usada contra gangues, que prevê penas de 5 a 20 anos de prisão.

A promotora afirmou que queria julgar todos os 19 réus, incluindo o ex-chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows, e seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, em um único julgamento "dentro de seis meses", mas lembrou que é o juiz quem marca a data.

Essa é a quarta acusação contra o ex-presidente, atualmente favorito à indicação republicana nas eleições presidenciais de 2024.

Apesar da derrota nas urnas na Geórgia em 2020, "Trump e os outros acusados se recusaram a reconhecer que ele perdeu e, consciente e deliberadamente, participaram de uma conspiração para ilegalmente mudar o resultado das eleições a seu favor", de acordo com a acusação formal.

O Grande Júri aprovou a acusação após as testemunhas convocadas pela procuradoria terem deposto ao longo do dia perante um Grande Júri em Atlanta.

Fani Willis foi quem formou esse painel de cidadãos com poder para investigar se havia evidências suficientes para acusar Trump, particularmente por fraude e interferência eleitoral. Também estava encarregada de validar uma possível acusação.

A investigação teve início após um telefonema, em janeiro de 2021 — cuja gravação foi tornada pública —, no qual Trump pediu a um funcionário local, Brad Raffensperger, que "encontrasse" cerca de 12 mil cédulas em seu nome que faltavam para ganhar os 16 delegados da Geórgia.

Na noite desta segunda-feira, Trump voltou a atacar a procuradora em um comunicado no qual a qualifica como uma "partidária furiosa" a serviço dos interesses do presidente democrata Joe Biden.