Acontece nesta terça (15) e quarta-feira (16), em Brasília, a 7ª Marcha das Margaridas, que reúne mulheres trabalhadoras rurais do campo e da floresta em busca de visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena. A estimativa é que cerca de 100 mil pessoas participem. A manifestação deve gerar desvios no trânsito do centro da cidade a partir de 23h45 de terça, com o fechamento da Esplanada dos Ministérios nos dois sentidos (S1 e N1), na altura da Catedral Metropolitana.
Ao longo dos últimos quatro anos, o movimento elaborou um documento com reinvindicações em 13 eixos temáticos, entre eles, participação política das mulheres e democratização do acesso à terra. As reivindicações foram entregues à Secretaria-Geral da Presidência da República, que coordena as respostas às demandas das mulheres com 16 ministérios. O documento final será entregue pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às trabalhadoras durante o ato de encerramento da Marcha.
Para esta terça-feira (15), estão previstas atividades de formação e apresentações culturais. A Marcha parte às 7h da manhã de quarta-feira (16) do Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade e segue para a Esplanada até a frente do Congresso Nacional, onde participarão do ato ministros e o presidente Lula.
O percurso deverá ocupar três faixas: duas para as manifestantes e uma terceira para segurança. A Polícia Militar vai acompanhar o trajeto e preparou pontos de bloqueio na área central para "garantir segurança, mobilidade e a fluidez no trânsito". O acesso à Praça dos Três Poderes não será permitido.
De acordo com a Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob), não haverá alteração na programação dos ônibus, que circularão com tabela de dia útil e seguirão nas vias autorizadas para deslocamento alternativo, devido ao fechamento da Esplanada, seguindo as orientações das autoridades de trânsito.
Organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) e por federações e sindicatos de trabalhadores rurais, a Marcha acontece a cada quatro anos, sempre no mês de agosto, em homenagem à sindicalista e defensora dos direitos humanos Margarida Alves, assassinada há 40 anos. O evento tem um lema diferente a cada edição — o desse ano é "Pela reconstrução do Brasil e pelo bem do viver".