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PF faz operação contra cúpula da PMDF por atuação no 8 de Janeiro

Entre os alvos estão o coronel Klepter Rosa Gonçalves e o ex-comandante da corporação coronel Fábio Augusto Vieira

Data: Sexta-feira, 18/08/2023 08:17
Fonte: Gabriela Coelho e Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Polícia Federal realiza na manhã desta sexta-feira (18) uma operação contra integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal por suspeita de omissão nos atos extremistas de 8 de janeiro. Os nomes dos alvos ainda são mantidos sob sigilo, mas a reportagem confirmou que o comandante-geral da PMDF, coronel Klepter Rosa Gonçalves, e o ex-comandante da corporação coronel Fábio Augusto Vieira estariam entre os alvos. O R7 entrou em contato com a defesa dos investigados, mas não obteve retorno até o momento. O espaço está aberto.

Os agentes cumprem sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal

Os alvos são suspeitos de omissão durante os atos de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. As prisões foram solicitadas pela Procuradoria-Geral da República, após ter apresentado denúncia.

Em nota, a PGR informou que foi constatada uma "profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas”.

Segundo o órgão, há ainda menção a provas de que os agentes — que ocupavam cargos de comando da corporação — receberam, antes de 8 de janeiro, diversas informações de inteligência que sugeriam as "intenções golpistas" do movimento e o "risco iminente da efetiva invasão às sedes dos Três Poderes".

Segundo as provas existentes, os denunciados conheciam previamente os riscos e aderiram de forma dolosa ao resultado criminoso previsível, omitindo-se no cumprimento do dever funcional de agir.

A Polícia Militar do Distrito Federal afirmou em nota que a Corregedoria da corporação acompanha o andamento da operação e que, por se tratar de iniciativa da PF, "quaisquer demandas acerca dos acontecimentos devem ser encaminhadas àquele órgão".