Neymar será chamado?
Marquinhos, Bruno Guimarães, Vinícius Jr. e Neymar são nomes praticamente certos, considerados pilares do trabalho que Diniz pretende desenvolver à frente da seleção. Apesar disso, há uma preocupação em relação ao atual camisa 10 da amarelinha, que deixou o PSG para se juntar ao Al-Hilal, da estrelada liga saudita.
O craque é a grande referência técnica da equipe desde a estreia, em 2010, e a ideia de Diniz é que o jogador seja uma das lideranças para a nova geração, assim como o zagueiro Marquinhos. No entanto, a ida para uma liga de menor competitividade, somada à pouca minutagem do jogador nos últimos anos, põe em dúvida se em 2026 Neymar chegará como protagonista da equipe que começará a se formar nesta sexta-feira.
Olhar atento ao futebol brasileiro
Como técnico do Fluminense, é natural que Diniz tenha alguns nomes do elenco tricolor em mente para a convocação. O volante André, que já foi convocado por Ramon Menezes, tem grandes chances de estar nesta primeira lista.
Já o zagueiro Nino e o meia Paulo Henrique Ganso, apesar do bom nível que apresentam, podem ficar fora por causa da grande concorrência em seus respectivos setores, mas são nomes que agradam e muito ao treinador. Não se surpreenda também se o lateral Samuel Xavier ganhar uma chance, por conta da escassez de opções no setor.
Jogadores de outros clubes brasileiros, além do Flu, devem entrar na lista inicial do técnico, como Victor Roque, do Athletico-PR, e Lucas Perri e Adryelson, do Botafogo. Já Pedro, Ayrton Lucas e Gabigol, do Flamengo, podem até ficar fora por causa do momento delicado do Rubro-Negro, mas são atletas que agradam a Diniz.
Início da renovação
Diniz tem em mãos a chance de inaugurar a tão esperada renovação de ciclos da canarinha. Embora o treinador Ramon Menezes, em caráter de substituto, já tenha feito duas convocações, o início do ciclo do Mundial de 2026 começa no próximo dia 8, e o comandante do Fluminense tem a dura responsabilidade de trazer o torcedor de volta para a seleção.
Na última lista convocatória, 14 dos 23 jogadores disputaram a última Copa do Mundo, em que o Brasil caiu precocemente nas quartas de final, para a Croácia.
Nomes como Danilo, lateral da Juventus, e Alex Telles, lateral do Al-Nassr, que não geram tanta empolgação no torcedor, foram chamados. A difícil renovação de jogadores neste setor do campo é uma dor de cabeça para os treinadores que passaram pela CBF.
No último ciclo, Tite testou uma série de laterais, que não se firmaram na posição, como Emerson Royal, Renan Lodi e Fagner. O titular da esquerda, Alex Sandro, sempre conviveu com as críticas.
O único que mantinha status de unanimidade, Guilherme Arana, do Atlético-MG, teve o azar de sofrer uma grave lesão a meses da Copa e ficou fora do grupo.
A lateral do campo é apenas um exemplo de como o jejum de — no mínimo — 24 anos sem ser campeão do mundo afeta o moral do torcedor brasileiro, que ao longo da história se acostumou a ver o seu país natal como uma das maiores seleções do globo.
A passagem de Diniz, embora tenha validade de apenas um ano, será importante para pavimentar a rota para o italiano Carlo Ancelotti, que deve assumir o cargo no segundo semestre de 2024.