Uma das suspeitas sobre o que motivou a queda da aeronave que transportava Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário Wagner, é que ela tenha sido atingida por um míssil.
O acidente aconteceu nesta quarta-feira (23) e deixou dez mortos, entre eles Prigozhin, ex-aliado que rompeu recentemente laços com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Mas, como acontece a investigação de um acidente com aviões?
Todo país possui órgãos reguladores de aviação e investigadores de acidentes aeronáuticos. Geralmente, a empresa fabricante da aeronave, no caso do voo com Prigozhin a brasileira EMBRAER, também participa das investigações in loco, ou seja, no local do acidente, em conjunto com a autoridade nacional oficial.
O primeiro passo é analisar toda a vida pregressa dos tripulantes, principalmente do piloto. Ou seja, as questões pessoais são estudadas. Em seguida, é explorado o funcionamento da aeronave de forma técnica. Nesta etapa, o motor, equipamentos da cabine, combustível, documentos e até as questões meteorológicas durante o voo são verificadas.
Além disso, a comunicação do piloto e da tripulação com o ATC (Serviço de Tráfego Aéreo) também é investigada e estudada. Como tudo está registrado em gravações, o acesso é realizado com facilidade.
Sobre o míssil, falando objetivamente, o destaque de análise será a fuselagem, que será inspecionada demoradamente. Assim, os profissionais selecionarão o número máximo de pedaços do avião encontrados no local do acidente e os reúnem, realizando o desenho da aeronave original, antes do incidente.
Categoricamente falando, é muito fácil descobrir se foi um míssil ou não que derrubou o avião. Mas o resultado dependerá da independência do órgão de investigação.