Um canil foi inaugurado no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, na sexta-feira (23), para auxiliar os agentes penitenciários na segurança da unidade. Atualmente, dois cães irão atuar no local e também ajudar em revistas nas celas dos detentos.
De acordo com o diretor do CDP, Revetrio Francisco da Costa, drogas e aparelhos de celular são constantemente encontrados pelos agentes penitenciários.
“A droga acaba passando despercebida quando escondida dentro de colchões e roupas. Mas, com os cachorros, faremos uma ‘limpeza’ na unidade", disse.
Segundo o diretor, o canil deverá receber, ainda, um filhote de três meses, que já é adestrado e irá ajudar na "patrulha" da cadeia.
Para que o canil fosse construído, a direção do CDP do município contou com a ajuda da mão de obra dos detentos. “Reformamos o hall de visitantes, pintamos a fachada e todas as celas. Também reformamos as grades e a parte técnica, onde fica a enfermaria da unidade”, afirmou Costa.
O CDP de Tangará da Serra possui capacidade para 190 presos. Porém, atualmente, o local comporta mais que o dobro do permitido. Com 405 detentos, a unidade enfrenta problemas com a superlotação e a falta de bloqueadores para sinal de internet e telefone.
O secretário adjunto de Segurança Pública, Fausto Freitas, disse que duas novas unidades prisionais no estado devem ser inauguradas. De acordo com ele, uma delas está sendo construída em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, e terá capacidade para 1.008 detentos.
Fausto contou que uma unidade prisional também está sendo construída em Peixoto de Azevedo, a 692 km da capital. Quando for inaugurada, cerca de 256 novas vagas devem ser implementadas ao sistema penitenciário.
“Também queremos dar início a construção de três novas unidades, que devem gerar mais 700 vagas ao sistema”, disse.
Atualmente o CDP de Tangará da Serra não possui bloqueadores de sinal de internet e linha telefônicas instaladas no local, o que facilita a comunicação entre detentos e criminosos que estão fora da unidade.
De acordo com o secretário, bloqueadores de origem israelense foram adquiridos e devem ser instalados no CDP após a fase de treinamento.
“Não é garantia de evitar a comunicação em 100%, mas ele (o bloqueador) vai nos ajudar durante o esse combate”, disse.