Deve ser votado nessa quarta-feira (28), na sessão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) o pedido do Ministério Público Estadual (MPE) para anulação da sessão do júri, em que um dos envolvidos no assassinato de Maiana Mariano, de 16 anos, em 2011, foi absolvido.
O MP quer que a Justiça reveja a absolvição de Carlos Alexandre da Silva. Em 2016, cinco anos após o crime, ele, que confessou ter ajudado a enterrar o corpo da adolescente, foi condenado a um ano e seis meses em regime aberto, mas, posteriormente, absolvido.
Para o MP, ele participou da morte da adolescente, uma vez que um vídeo mostrado durante o júri indicaria que o réu assistiu ao momento em que a jovem foi assassinada e recebeu pagamento para ajudar a esconder o corpo.
No mesmo júri que absolveu Carlos, o empresário Rogério da Silva Amorim, que mantinha um relacionamento amoroso com a vítima, foi sentenciado a 20 anos e 3 meses em regime fechado como mandante do crime e por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, recompensa e meio que dificultou a defesa da vítima).
Já Paulo Ferreira Martins, de 44 anos, que confessou ter asfixiado a adolescente, foi condenado a 18 anos e 9 meses por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, também em regime fechado.
Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual, no dia do homicídio, o empresário teria mandado Maiana descontar um cheque de R$ 500 e levar o dinheiro para um chacareiro. Ela foi ao banco com uma motocicleta que tinha ganhado do empresário e, depois, se dirigiu à chácara.
De acordo com o Ministério Público, a jovem foi morta na chácara e teve o corpo colocado dentro de um carro de passeio e, em seguida, deixado na região da Ponte de Ferro, em Cuiabá.
Os restos mortais da adolescente foram encontrados no dia 25 de maio de 2012, cinco meses após o crime. Um dos condenados pelo crime foi quem indicou para a polícia o local onde o corpo havia sido enterrado.
Maiana e Rogério mantiveram um relacionamento extraconjugal por aproximadamente um ano e estavam vivendo juntos havia cinco meses, em regime de união estável, quando o assassinato foi cometido.
A ex-mulher de Rogério Amorim também foi denunciada pelo MPE como participante dos crimes, mas a Justiça considerou que não havia indícios da participação dela.
O corpo da vítima foi sepultado sete meses após o desaparecimento e morte da adolescente, no Distrito do Coxipó do Ouro, em Cuiabá.