Trabalho ali já tem um tempo, declaro que quando entrei o ambiente era harmonioso de se trabalhar. Tínhamos insumos de livre demanda (medicações, materiais para prestar atendimento em geral). Sei que a alguns anos atrás o hospital já havia passado pela situação de o próprio paciente ter que comprar sua medicação. Porém, desde quando entrei já no mandato do atual do prefeito nunca presenciei isso, sempre tinha materiais em larga demanda. Porém, com a entrada desse instituto da empresa terceirizada, as coisas mudaram drasticamente.
Eles entraram em ” modo economia” e estão restringindo uso de medições e materiais. Não estou aqui para justificar comportamento de atendimento médico, pois também não concordo com muitas coisas. Mas como ENFERMAGEM eu sinto o dever de me pronunciar.
Pois às vezes o paciente pensa que nós não queremos atender ou estamos fazendo de mal gosto ou que até pedimos para médicos passarem pouca medicação para não termos trabalho, o que não é verdade.
Acontece que a população não sabe da verdade, que nós também sofremos pressão e as coisas estão sendo regidas conforme regras do instituto, tem muitas coisas que não concordamos.
O trabalho se tornou um ambiente pesado e se reclamarmos somos demitidos. Nosso salário eles fizeram questão de registrar a carteira com R$1438 reais, um salário que não dá para sobreviver. Enfrentamos uma carga horária pesada e sem valorização profissional e se reclamar eles mandam passar no RH.
A pressão está sendo tamanha que trabalhamos com medo, por isso vim declarar esses episódios, NEM OS PROFISSIONAIS NÃO AGUENTAM MAIS ISSO. Espero que isso seja uma pauta que seja investigada em sigilo para não expor os profissionais para não sofrermos represálias.
O site OTerritório não revelara o nome do enfermeiro ou enfermeira denunciante, e investigaremos e entraremos em contato com o instituto e a secretaria administrativa do hospital municipal para dar uma resposta aos profissionais e para a população, pois a denúncia e grave e precisa ser explicada de forma clara e objetiva.