Agências da ONU disseram na segunda-feira (18) que estavam lutando para prevenir um surto de doença após as enchentes que devastaram a cidade líbia de Derna, deixando milhares de desaparecidos, e alertaram que estavam tentando evitar uma “crise devastadora”.
A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL) explicou num comunicado que equipas de nove agências da ONU estiveram no terreno prestando ajuda e apoio às pessoas afetadas pela tempestade Daniel e pelas inundações repentinas que atingiram Derna e outras cidades no leste da Líbia.
Crescente Vermelho nega ter divulgado 11 mil mortes na Líbia, número citado pela ONU.
A tempestade vinda do Mediterrâneo atingiu Derna no dia 10 de setembro e causou o rompimento de duas barragens localizadas no leito do rio que atravessa a cidade, desencadeando um fluxo semelhante a um maremoto.
A inundação deixou mais de 3.000 mortos, segundo o último relatório do governo que controla o leste da Líbia, e há milhares de desaparecidos.
As autoridades locais, as agências humanitárias e a equipa da Organização Mundial de Saúde (OMS) estão preocupadas “com o risco de propagação de doenças, em particular devido à água contaminada e à falta de higiene”, afirmou a missão da OMS em comunicado.
A missão da OMS “continua a trabalhar para prevenir a propagação da doença e evitar uma segunda crise devastadora na região”, acrescentou a missão.
A equipa acrescentou que nos últimos dias equipas da Unicef, a agência da ONU para a Infância, distribuíram “caixas com material médico de emergência” para que os serviços de cuidados primários possam cuidar de 5.000 pessoas durante três meses.
Além disso, o Programa Alimentar Mundial (PAM) forneceu rações a 5.000 famílias e a OMS fretou 28 toneladas de material médico.