Após comparar mulheres a vacas, fazer vídeo de pedido de desculpas às vacas, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) propôs moção de aplausos à advogada Larissa Claudia Lopes do Distrito Federal, por sua atuação em defesa de um dos réus acusados dos atos do 8 de janeiro, no julgamento do Supremo Tribunal Federal.
A referida advogada chorou no momento da sustentação oral sob alegação de sentir medo dos ministros do STF, no momento da defesa de seu cliente.
O advogado Pedro Paulo, inconformado com sua derrota eleitoral para a presidência da OAB-MT no último pleito, tentando surfar na onda se aliou ao Catani ao qual pediu moção de aplausos a citada advogada.
Ocorre que o deputado escolhido por Pedro Paulo é alvo de investigação pelo Ministério Público de Mato Grosso pelo atos cometidos de misoginia e violência de gênero em desfavor da mulheres.
A denúncia, inclusive, foi realizada pela OAB-MT, cuja presidência é exercida por uma mulher, Dra. Gisela Cardoso.
Em evidente desrespeito e afronta ao exercício do mandato de uma mulher legitimamente eleita, Pedro Paulo busca deslegitimar as decisões da presidência de uma mulher, sob o manto de uma “homenagem” a advogada de Brasília.
O espanto causado entre os pares da classe, principalmente entre as mulheres advogadas de MT, é que nem Cattani nem Pedro Paulo deram se manifestaram sobre os últimos feminicídios ocorridos, em que advogadas foram vítimas.
A união de Pedro Paulo e Catani tem sido duramente criticada por advogados e advogadas de todos os cantos do Estado.