Em 2016, a Nasa lançou uma missão para investigar um meteoro conhecido como 101955 Bennu. Quatro anos depois, a Osiris-Rex alcançou o corpo celeste, coletou material rochoso do local e deve chegar novamente à Terra no próximo domingo (24).
Cientistas afirmam que esse asteroide passa pelo nosso planeta a cada seis anos, e se aproxima cada vez mais a cada volta. As estimativas são que, caso se choque com nosso planeta, o impacto terá a força de 1.200 megatons, o equivalente a 24 das bombas atômicas mais poderosas já criadas — a Tsar Bomba, nunca testada em toda a sua potência.
As previsões são que em 2135 ele passará bem próximo a nós e poderá entrar no chamado “buraco de fechadura gravitacional”, o que o colocará em rota de colisão com a Terra — o que pode acontecer em 2182, daqui a 159 anos.
Os pesquisadores dizem que a probabilidade é de apenas 0,037%, o que não é totalmente dispensável na escala de riscos cósmicos.
“Embora o risco de atingir a Terra seja muito baixo, Bennu continua sendo um dos dois asteroides conhecidos mais perigosos em nosso sistema solar, junto com outro chamado 1950 DA”, afirmou a agência espacial.
Bennu provavelmente se separou de um meteoro ainda maior há cerca de 2 bilhões de anos, mas os astrônomos afirmam que o asteroide data do início do Sistema Solar, há mais de 4,5 bilhões de anos.
A Nasa estima que ele tenha se formado no Cinturão Principal de Asteróides entre Marte e Júpiter e que possa conter moléculas orgânicas semelhantes às que poderiam ter estado envolvidas no início da vida na Terra.