Tallulah Willis, uma das filhas de Bruce Willis e Demi Moore, desabafou sobre o avanço da demência do pai. O ator foi diagnosticado com demência frontotemporal, conhecida pela sigla DFT, e uma complicação da doença que afeta o artista é a afasia, que gera dificuldades na fala e para entender o que os outros dizem. Apesar disso, Tallulah contou que o pai ainda a reconhece e que não teve as funções motoras afetadas.
"Ele ainda sabe quem eu sou e fica feliz quando eu entro na sala. Talvez, ele vai me reconhecer para sempre, tirando um ou outro dia ruim. Uma diferença entre a DFT e o Alzheimer é que o primeiro é caracterizado por dificuldades motoras e na linguagem, enquanto a última envolve mais perda de memória. Fico mudando sempre entre o presente e o passado quando falo de Bruce: ele é, ele era, ele é, ele era. Isso acontece porque ainda tenho esperanças pelo pai", disse ela em um texto publicado na Vogue britânica.
A filha de Bruce Willis contou que tenta guardar o máximo de memórias possíveis do pai, para sempre se lembrar de como ele foi. Tallulah contou que sempre tira muitas fotos quando visita o ator e que guarda as mensagens de voz que recebeu do artista.
"Acho que estou tentando documentar, construir recordações para o dia que ele não estiver mais aqui, para me lembrar dele e de nós", contou.
Por mais que o diagnóstico de demência seja recente, a filha do astro de Hollywood contou que o pai já dava sinais há tempos que havia algo errado, por mais que eles não soubessem o que era. "Aquela falta de resposta me incomodava e, algumas vezes, levava aquilo para o lado pessoal. Ele tinha dois bebês com a minha madrasta, Emma Heming Willis, e eu pensei que ele tinha perdido o interesse em mim. Apesar de que isso não poderia estar mais longe da verdade, meu cérebro de adolescente se torturou com uma matemática defeituosa: não sou bonita o suficiente para a minha mãe, não sou interessante o suficiente para o meu pai."
"Sempre reconheci elementos dele [Bruce Willis] em mim e sei que seríamos ótimos amigos se tivéssemos mais tempo. Ele era legal, charmoso, habilidoso, estiloso, doce e um pouco maluco. E eu abraço tudo isso. Esses foram os genes que eu herdei dele", concluiu Tallulah.