O Irã condenou, nesta quarta-feira (18), o bombardeio "do regime sionista de Israel" a um hospital na Faixa de Gaza, que deixou até 300 mortos. Apoiador do grupo terrorista Hamas e ainda sem provas concretas sobre a autoria do ataque ao centro de saúde, o regime dos aiatolás disse que Israel "acelerou a própria morte por meio das mãos de palestinos e muçulmanos do Oriente Médio".
“Esse crime, definitivamente, não ficará sem resposta, e os líderes de países da Europa e os Estados Unidos são cúmplices dos crimes de guerra de Israel", diz o comunicado publicado nesta quarta.
A nota oficial foi divulgada um dia depois de um ataque, com um foguete, ao hospital Al-Ahli, em Gaza, também conhecido como Hospital Batista. Entre 200 e 300 pessoas morreram, incluindo mulheres e crianças, no episódio, cuja autoria ainda está em aberto. O Hamas acusa os israelenses, enquanto Israel aponta um disparo mal-sucedido da Jihad Islâmica, outro grupo terrorista em Gaza, como a razão para a tragédia.
“Com esse crime, que é um flagrante exemplo de crime de guerra, contra a humanidade, genocídio e massacre de mulheres, crianças e pacientes indefesos, o regime sionista [de Israel] retrata o pico de sua brutalidade, ignomínia e desrespeito por todos princípios e regras humanos, além de demonstrar sua natureza cruel à vida para todos", completou.
Ontem, o Irã usou uma mensagem enigmática para sugerir que países árabes e muçulmanos podem atacar Israel, transformando a guerra da nação hebraica contra os terroristas do grupo Hamas em um conflito de grandes proporções. Visto mais de 4 milhões de vezes, o post traz apenas a frase “Seu tempo acabou”, mas escrito em hebraico, uma provocação direta a Israel.
O Irã cobrou os países aliados a agir para reforçar o apoio aos palestinos. “Ao condenar esse crime hediondo [do ataque ao hospital] com força máxima, a República Islâmica do Irã cobra a comunidade internacional e as Nações Unidas a intermediar a ação para parar os crimes do regime racista de Israel de matar crianças", advertiu o comunicado iraniano.
O comunicado do Irã diz ainda que o regime israelense cometeu incontáveis atrocidades desde o dia de Nakba, que marca a criação do estado judeu em 1948, até hoje. No entanto, a onda de crueldade prosseguiu, e o ataque a um hospital cheio de mulheres e crianças inocentes, feridas e doentes será considerado um ponto de virada na lista dos crimes do regime contra a humanidade, advertiram os aiatolás.
O governo do Irã também pediu a países islâmicos, a governos independentes em busca de liberdade e às assembleias internacionais a se unirem para reforçar a resistência pró-Palestina.
“Além de cortar laços com o regime ilegal e ilegítimo de Israel, eles deveriam expulsar embaixadores e representantes diplomáticos desse governo falso de seu território e de assembleias internacionais", acrescenta a nota.