Os nove vereadores de Porto dos Gaúchos tiveram uma grande missão nessa quinta-feira, 19, ao votarem na Sessão Extraordinária de Julgamento, que votou o relatório da Comissão Processante, criada para investigar a acusação de conduta supostamente homofóbica praticada pelo vereador Claudiomar Braun (PSB) contra seu colega, Leandro Budke (MDB), presidente da Casa Municipal de Leis.

A Câmara Municipal ficou lotada e os eleitores porto gauchenses acompanharam a sessão que iniciou as 19h e terminou às 21h30min. Por 6 votos favoráveis e três contrários, Claudiomar Braun teve seu mandato cassado. Em 2020, o pesebista foi o segundo vereador mais votado, com 253, um a menos que o primeiro colocado, Eder Bodrin (PDT).

As acusações contra Claudiomar foram três: uma quando Leandro Budke enviou, em um grupo de WhatsApp, um emoji de "mãozinha" e na sequência Braun teria respondido que representava o perfil do colega, o que o emedebista interpretou como ofensa por ser homossexual.

O outro fato aconteceu num encontro entre os parlamentares em que o vereador cassado teria dito a outras pessoas que “o c* é dele [Leandro Budke], ele dá para quem quiser”. A terceira teria ocorrido quando Claudimar teria dito que não gostava de "viado", após um desentendimento com o ex-colega.

Com a cassação, Valdir Bobbi (PSB), que recebeu 178 votos, assumiu o cargo. Bobbi estava presente na sessão realizada hoje e votou pela cassação dos direitos políticos do colega.