A General Motors demitiu por telegrama neste fim de semana funcionários de três fábricas em São Paulo. O documento comunicou a decisão e solicitou o comparecimento dos empregados para os trâmites de desligamento.
Não há informações sobre quantos funcionários foram demitidos. A empresa usa a queda nas vendas como justificativa para a decisão.
O grupo de trabalhadores da montadora anunciou uma greve. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região publicou uma imagem de um telegrama.
As demissões foram feitas nas unidades de São José dos Campos, onde são montadas picapes e SUVs; São Caetano do Sul, onde são produzidas a Montana, a Tracker e também a Spin; e Mogi das Cruzes. Em São José dos Campos há 4.100 funcionários, e cerca de 1.200 já estavam em layoff.
“A queda nas vendas levou a General Motors a adequar seu quadro de empregados”, diz o documento, que segue:
“Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo às necessidades de cada fábrica, como layoff, férias coletivas, dayoff e proposta de um programa de desligamento voluntário. Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”.
Por sua vez, o sindicato rebateu: “O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, repudia veementemente a demissão covarde, que, além de São José, também atinge as plantas de Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul. Desde já, a entidade exige o cancelamento de todas as demissões e a reintegração de todos os trabalhadores”.