O Ministério da Saúde escolheu Mato Grosso para lançar a 5ª Edição da Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose. O Estado foi escolhido pelo resultado alcançado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), que registrou a adesão de 101 municípios ao programa.
A campanha prevê ações preventivas e de combate às doenças e tem como público alvo estudantes com idades entre cinco e 14 anos.
O lançamento está previsto para o dia 06 de março em duas escolas públicas de Várzea Grande, uma delas a municipal Manoel João de Arruda, no Bairro Figueirinha, e, a outra, a Escola Estadual Gercy Jacob, no Bairro Água Vermelha. As duas escolas juntas somam 950 estudantes.
Em Várzea Grande a meta do programa nacional é atender 17 mil estudantes da rede pública de educação. No período letivo de 2016/2017 foram atendidos 21 mil estudantes. “Várzea Grande sempre executou o programa com bons resultados”, destacou Regina Mary da Silva Nascimento, da Coordenação do Programa Estadual de Controle da Hanseníase da SES/MT.
A servidora participou de reunião preparatória, no último dia 26, com a equipe de enfermagem do Programa Saúde da Família, em Várzea Grande, para explicar como será desenvolvido o programa no município. A técnica em Vigilância do Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana Elinalda Lopes também participou da reunião.
Os enfermeiros do PSF de Várzea Grande foram orientados a sensibilizar a comunidade escolar do município para realizar a distribuição aos pais dos alunos, de uma ficha de autoimagem que é o primeiro método para diagnosticar a hanseníase. Essa ficha terá de ser respondida pelos pais ou adulto representante do estudante e depois entregue para a direção da escola. Os pais vão receber também um modelo de autorização para que o seu filho seja medicado contra verminose na escola.
Durante o primeiro semestre letivo, os enfermeiros vão realizar exames nos casos suspeitos de hanseníase e aplicar uma dose única do medicamento albendazol para o combate de verminoses. Esse medicamento é aplicado uma vez por ano em crianças e adolescentes com idade entre cinco e quatorze anos.
De acordo com dados registrados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), o Programa Nacional de Prevenção da hanseníase, do tracoma e de verminoses nas escolas públicas, recebeu a adesão de 101 dos 141 municípios. A previsão da SES e do Ministério da Saúde era obter a adesão de pelo menos 69 municípios.
“Isso representa que 330.251 estudantes de escolas estaduais e municipais deverão receber tratamento pelo SUS, já no primeiro semestre letivo de 2018, e em 1.110 escolas”, informou Regina Mary da Silva Nascimento, da coordenação do Programa Estadual de Controle da Hanseníase da SES/MT. O programa é realizado todos os anos desde 2011.
A hanseníase é uma endemia nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, e com áreas de importante manutenção e transmissão. E os casos da doença em menores de 15 anos refletem circuitos de transmissão ativos, ou seja, alto risco de contaminação para toda a família.
Segundo informou Regina Nascimento, além de tratar o aluno, a equipe técnica fará a busca ativa de casos entre contatos intradomiciliares para dar assistência de saúde para a família do estudante.
As verminoses ainda representam risco de morte, especialmente em crianças entre cinco anos e 14 anos de idade, considerado importante grupo de risco por estar em um período de crescimento físico intenso, rápido metabolismo e com mais necessidade nutricional.
O tracoma é uma doença inflamatória dos olhos, causada pela bactéria Chlamydia Trachomatis. Ocorre principalmente em crianças e, se não for tratada, pode provocar a cegueira. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe eliminar o tracoma como causa de cegueira até o ano de 2020.
Em Mato Grosso, 215 escolas aderiram ao serviço de prevenção e tratamento do tracoma. Isso representa um universo de 39.319 alunos que serão atendidos.
Esses programas preventivos são desenvolvidos pelos estados em parceria com os municípios por meio do Programa de Saúde Escolar (PSE) articulado com o Programa Saúde da Família.
FONTE: Assessoria