Depois de encolher em agosto, a economia brasileira recuou 0,06% em setembro e encerrou o terceiro trimestre com queda de 0,64%, de acordo com dados publicados nesta quinta-feira (16) pelo BC (Banco Central).
A variação do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), conhecido por antecipar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país —, confirma a desaceleração do crescimento da economia nacional.
A alta faz o indicador figurar aos 146,42 pontos na série dessazonalizada (livre de influências) em setembro, ante os 146,51 pontos apurados no mês anterior. Com a oscilação, o IBC-Br figura no menor nível desde maio (146,74 pontos), mas ainda acumula um aumento de 2,77% neste ano e de 2,5% nos últimos 12 meses.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o resultado para setembro representa alta de 0,32%. Já em relação ao terceiro trimestre de 2022, o desempenho econômico é 0,78% melhor no mesmo período deste ano.
Os dados do IBC-Br são coletados de uma base similar à do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), órgão responsável pelo indicador oficial sobre o crescimento econômico. A evolução oficial do desempenho da economia entre julho e setembro tem divulgação prevista para o dia 5 de dezembro.
No segundo trimestre, quando a economia brasileira surpreendeu ao crescer 0,9% na comparação com os três meses anteriores, a prévia do BC indicava um avanço de 0,43% da atividade econômica no mesmo período.
Segundo as projeções mais recentes dos analistas financeiros, o Brasil vai fechar 2023 com um crescimento econômico de 2,89%, alta guiada pelo desempenho positivo do agronegócio nos primeiros meses do ano. Para o segundo semestre e o próximo ano, as previsões sinalizam uma desaceleração.