uma mulher foi morta a cada três dias nos dois primeiros meses de 2018 em municípios de Mato Grosso, segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT). Ao todo, 18 mulheres foram assassinadas entre janeiro e fevereiro. As vítimas são adolescentes, jovens e mulheres, entre 15 e 45 anos.
Para a defensora pública Rosane Leite, que atua em casos envolvendo homicídios contra mulheres, os números são altos e refletem o machismo histórico.
Os assassinatos ocorreram em Cuiabá, Várzea Grande, (região metropolitana de Cuiabá), Rondonópolis (a 218 km da capital), Cáceres (a 220 km de Cuiabá), Lucas do Rio Verde (a 360 km de Cuiabá), Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá, Nova Ubiratã (a 506 km de Cuiabá) e Juara, a 690 km de Cuiabá.
Na maioria dos casos, a autoria do crime é atribuída a namorados, ex-namorados, maridos e ex-maridos das vítimas. Quase 80% dos casos registrados tiveram motivos passionais, segundo os dados.
O caso mais recente foi registrado na quarta-feira (28), em Sinop. Luzinete Soares de Oliveira, de 48 anos, foi esfaqueada pelo marido. A filha e a mãe da vítima disseram aos policiais que Adolfo e Luzinete estavam discutindo na casa.
O marido passou a esfaquear a vítima e saiu da residência em seguida.
O caminho para prevenir e evitar as mortes de mulheres, segundo Rosana Leite, é conscientização.
“Os homens são assassinados por outros motivos. As mulheres são vítimas porque os homens se sentem superiores. A conscientização é o melhor meio para evitar novas mortes”, afirmou.
G1