Assassinatos de LGBTs cresceram 50% em 2017 em Mato Grosso
Sete autores desses crimes foram identificados e presos pelas forças policiais. Grupo aponta que 2017 foi o ano com maior número de assassinatos no país.
Data: Sexta-feira, 02/03/2018 10:19
Fonte: G1 MT
Em 2017 foram registrados em Mato Grosso 14 homicídios motivados por homofobia. Sete autores desses crimes foram identificados e presos pelas forças policiais.
Segundo o Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH), que faz parte da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT), de 2016 para 2017 o número de homicídios a pessoas LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) em Mato Grosso aumentou 50%.
No ano passado foram 14 mortes motivadas por homofobia, enquanto que em 2016 foram registrados sete. Em 2011 foram registrados nove assassinatos por motivação homofóbica; em 2012 foram oito, em 2013 subiu para 11, o ano de 2014 fechou com 10 casos e em 2015 foram sete.
Entre os sete suspeitos de assassinar pessoas LGBT's está Thiago Marques, 28 anos. Ele foi acusado de matar atropelada a travesti Natália Pimentel, 22 anos, e teve a prisão decretada pela Justiça. Thiago chegou a ser preso em outubro de 2017, no bairro Osmar Cabral, em Cuiabá, mas estava respondendo pelo crime em liberdade. Ele morreu por causas naturais ano passado.
De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), 2017 foi o ano com maior número de assassinatos cometidos contra pessoas homossexuais no Brasil desde o início do levantamento dos dados, há 37 anos.
Em Mato Grosso, desde 2009, os boletins de ocorrências registrados contam com a motivação de homofobia. Em 2010 foi incluído o campo para nome social de travestis e transexuais e em 2016 passou a conter a orientação sexual.
Com o boletim de ocorrência devidamente preenchido, o GECCH pode atuar de forma integrada e sistêmica, materializando os índices de criminalidade referentes à população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
