O Ministério da Saúde descartou um caso, que estava sob investigação, de febre amarela em Mato Grosso. Os dados foram atualizados nesta quinta-feira (1º), através de informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde sobre a situação da febre amarela no país.
De acordo com informações da Secretaria de Estado de Saúde (SES), o último caso de morte de pessoa por febre amarela silvestre ocorreu em Mato Grosso no ano de 2009, no município de Feliz Natal. A febre amarela silvestre é transmitida pelo mosquito Haemagogus, já a febre amarela urbana é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypit, o mesmo que transmite a dengue, a zika e chikungunya. O primeiro Levantamento de Índice Rápido de Infestação (LIRAa), de 2018, apontou que 85% dos criadouros do mosquito transmissor, estão em residências.
O levantamento apontou, que entre os bairros mais preocupantes estão Três Barras, Residencial Paraná, Nova Canaã 1ª, 2ª, e 3ª etapa, Colina Verde, Jardim Umuruama, Altos da Glória e 1º de Março. Todos com 19,4% de risco.
Em segundo lugar, com 18%, estão o Jardim Ubatã, São Benedito, Coophamil, Jardim Beira Rio, Novo Terceiro, Santa Izabel, Jardim Araçá, Barra do Pari, Santa Amália e Canachue.
Diferente dos demais, que estão compostos por no mínimo oito bairros, o terceiro lugar com 17,4% é formado por apenas cinco comunidades, sendo Vista da Chapada, Voluntários da Pátria, Residencial Sonho Meu e Pedra 90 - 1ª e 2ª etapas.
Após a veiculação de notícias sobre os casos de febre amarela no Sudeste do país, a procura da população cuiabana pela vacina contra a doença já duplicou nas unidades do Programa de Saúde da Família (PSF). As secretarias Municipal e Estadual afirmam que em todo o Estado a vacina é oferecida e pode atender toda a demanda, mas que a população não deve ficar alarmada, já que há anos não se registra casos da doença nesta região.
No período de monitoramento (de 1º de julho/2017 a 28 de fevereiro de 2018), foram confirmados 723 casos de febre amarela no país, sendo que 237 vieram a óbito. Ao todo, foram notificados 2.867 casos suspeitos, sendo que 1.359 foram descartados e 785 permanecem em investigação.
No ano passado, de julho de 2016 até 28 fevereiro de 2017, eram 576 casos confirmados e 184 óbitos confirmados. Os informes de febre amarela seguem, desde o ano passado, a sazonalidade da doença, que acontece, em sua maioria, no verão. Dessa forma, o período para a análise considera de 1º de julho a 30 de junho de cada ano.