As mídias sociais no município de Juara têm gerado diversos compartilhamentos de imagens de pessoas agredindo animais de estimação, em especial cachorros. Além de falta de cuidados, os pets são abandonados pelas ruas da cidade e às margens das rodovias, os internautas aproveitam para desabafarem através de suas redes sociais sobre essa prática que além de crime podem ter várias causas e motivações, além de ser um comportamento inaceitável.

O setor de jornalismo do Grupo Amplitude de Comunicação pesquisou razões que podem levar pessoas a agredirem animais domésticos. As motivações são diversas, mas separamos algumas, de acordo com a opinião de especialistas no assunto:

1. Problemas psicológicos: Indivíduos com distúrbios psicológicos ou emocionais podem expressar sua frustração e raiva através de comportamentos violentos, incluindo a agressão a animais.

2. Frustração: Algumas pessoas podem agredir animais como uma forma de lidar com suas próprias frustrações e estresses. Os animais podem se tornar alvos devido à sua vulnerabilidade.

3. Falta de empatia: Algumas pessoas têm uma falta de empatia em relação aos animais, o que pode levar a comportamentos cruéis. Elas podem não compreender ou se importar com o sofrimento dos animais.

4. Criação e ambiente: A maneira como uma pessoa foi criada e o ambiente em que ela cresceu podem influenciar seu comportamento em relação aos animais. Se uma pessoa foi exposta à violência ou negligência em relação aos animais durante a infância, isso pode influenciar seu comportamento na vida adulta.

5. Problemas de controle: Algumas pessoas buscam exercer controle sobre outros seres vivos como uma forma de lidar com sua própria sensação de impotência. Isso pode levar à agressão contra animais.

6. Ignorância: Em alguns casos, a agressão pode resultar da falta de conhecimento sobre as necessidades e comportamentos dos animais. Pessoas que não entendem as características naturais dos animais podem inadvertidamente agir de maneira prejudicial.

7. Problemas sociais: Em alguns casos, a agressão a animais pode estar relacionada a questões sociais mais amplas, como a falta de educação, pobreza, falta de recursos ou comunidades onde a violência é mais comum.

Independentemente da razão, é fundamental sensibilizar as pessoas sobre a importância do tratamento ético e compassivo em relação aos animais e promover medidas educativas para prevenir a violência contra eles. A legislação também desempenha um papel crucial na prevenção e punição de casos de crueldade animal.

PUNIÇÃO

No Brasil, a legislação que trata da proteção dos animais e penalidades para aqueles que praticam violência contra eles está prevista na Lei Federal nº 9.605/1998, conhecida como Lei de Crimes Ambientais. Além disso, o Código Civil brasileiro também aborda questões relacionadas à proteção dos animais.

A Lei de Crimes Ambientais estabelece em seu artigo 32 que é crime "praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos". A pena prevista para esse crime é de detenção, que varia de três meses a um ano, além de multa. Caso a conduta resulte na morte do animal, a pena pode ser aumentada.

Além disso, o artigo 164-A do Código Penal também prevê o crime de zoofilia, que consiste em praticar ato libidinoso com animal. A pena para essa prática é detenção, que pode variar de três meses a um ano.

É importante ressaltar que essas são as penas previstas pela legislação federal. Estados e municípios podem ter legislações complementares sobre a proteção animal, e as penalidades podem variar. A fiscalização e aplicação das leis ficam a cargo das autoridades ambientais e da polícia.

A conscientização sobre a importância do respeito aos animais tem aumentado no Brasil, e organizações de proteção animal desempenham um papel significativo na promoção do bem-estar animal e no combate à crueldade. Contudo, ainda há desafios em garantir a aplicação efetiva das leis e a punição adequada para casos de violência contra os animais.

Nossa equipe de reportagem fará entrevistas para ouvir especialistas e pessoas que possam contribuir para punir quem prática crueldade contra os animais e despertar a conscientização da população sobre os cuidados necessários.