Uma parceria entre a concessionária Energisa e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) lançou uma ofensiva contra o furto de energia em empreendimentos situados na região do Lago do Manso, iniciando a ação nesta quarta-feira (27). Segundo informações fornecidas pela Energisa Mato Grosso, a energia furtada somente no ano de 2023 seria suficiente para abastecer a cidade de Juara, com seus 34,9 mil habitantes, por incríveis 17 meses.
O montante de 68 GWh resultou em um prejuízo estimado em R$ 20 milhões em impostos para o estado. As medidas para combater esse tipo de crime, conhecido popularmente como "gatos", foram realizadas pela Energisa em colaboração com as forças de segurança do estado de Mato Grosso.
Luciano Lima, gerente de combate a perdas da Energisa Mato Grosso, esclareceu que a empresa tem intensificado o monitoramento e as fiscalizações em todo o estado para coibir os desvios de energia, ressaltando que as ligações clandestinas comprometem a integridade e a qualidade do sistema elétrico.
Durante a operação, foram alvo de fiscalização empreendimentos turísticos localizados ao longo da MT-351 (estrada de Manso) e uma das marinas às margens do lago. A inspeção conjunta revelou a existência de seis medidores de energia adulterados em estabelecimentos da região, confirmando as práticas fraudulentas. A POLITEC-MT acompanhou de perto todas as diligências realizadas nos locais fiscalizados.
O delegado Eugênio Rudy Jr., de Chapada dos Guimarães, detalhou que a investigação teve início a partir das denúncias apresentadas pela concessionária de energia, que relatou uma série de irregularidades identificadas durante as leituras de consumo nos medidores instalados nos empreendimentos da região do Lago de Manso.
O furto de energia é configurado como crime conforme o artigo 155 do Código Penal, sujeito a pena de até quatro anos de prisão e multa correspondente a todo o consumo de energia não faturado. Já a adulteração dos medidores constitui crime de estelionato, destacou o delegado.