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Mulher denuncia ação policial em Juara; Polícia Civil responde

Rosicler Vieira Dias relata abordagem policial na manhã desta terça-feira (30.04); Delegado Eric Fantin defende ação da Polícia Civil.

Data: Terça-feira, 30/04/2024 16:52
Fonte: Redação Eberth Rodrigues.

Rosicler Vieira Dias procurou a imprensa de Juara na manhã desta terça-feira, dia 30 de abril, para denunciar uma ação de policiais civis que estiveram realizando uma operação em sua residência por volta das 6h de hoje. Em seu relato, Rosicler descreveu o ocorrido e pediu por justiça.

 

Ela denunciou uma operação policial em sua residência, afirmando que os policiais agiram com truculência e sem apresentar mandado. Ela relata que sua casa foi destruída, sua televisão quebrada e seu filho, inocente, acabou preso. Além disso, apontou que os policiais estavam encapuzados e apontaram armas para sua família, incluindo seu filho e sobrinho, ambos autistas.


"Quebraram toda a minha casa, alegando que meu filho era culpado. Eu sou uma pessoa honesta. Meu filho nunca mexeu com drogas. Meu filho nunca se envolveu em nada. Isso afetou psicologicamente minha filha, que tem autismo. Os policiais vieram encapuzados aqui. Por que eles vieram encapuzados? Meu filho tem problema de glicose. Meu filho nunca teve seu nome na delegacia. Eles vieram aqui e o pressionaram psicologicamente, meu filho vai ficar preso", desabafou Rosicler.

 

Em resposta à denúncia de Rosicler, o Delegado da Polícia Civil, Eric Fantin, coordenador da operação, explicou os detalhes da ação policial.

 

"As investigações que nós, da Delegacia de Juara, conduzimos visam manter a cidade de Juara segura. Identificamos dois possíveis traficantes com interesses distintos neste município. Apresentamos uma representação ao Poder Judiciário, que recebeu parecer favorável do Ministério Público, resultando no deferimento de mandados de busca e apreensão para duas residências. Esta manhã, esses mandados foram cumpridos dentro da legalidade, resultando na apreensão de uma quantidade considerável de entorpecentes, além de três munições de arma de fogo. Os envolvidos foram conduzidos a esta delegacia, onde os procedimentos adequados estão sendo realizados", declarou o delegado.

 

Sobre a abordagem policial na residência de Rosicler, o delegado respondeu: "É natural que aqueles que recebem a visita da polícia às seis horas da manhã em suas residências não fiquem satisfeitos com a abordagem policial. Isso é muito comum, para não dizer habitual, mas é muito simples: basta não ter traficantes nem drogas dentro de sua residência que não iremos aparecer. No entanto, se você permite que seu filho use sua casa como depósito de drogas e armas de fogo, pode ter certeza de que mais cedo ou mais tarde a polícia civil fará uma visita. Isso é óbvio. Então, a pessoa pode reclamar do cumprimento do mandado, mas é a lei, nós temos que fazer, e fazemos da maneira mais respeitosa possível", esclareceu Fantin.

 

O delegado também destacou que a ação policial foi realizada com respeito aos direitos dos cidadãos, inclusive dos suspeitos. "Os policiais desta delegacia agem com respeito ao próximo, respeitando todos os direitos, inclusive dos suspeitos. Portanto, esse tipo de reclamação, para mim, é algo que não merece atenção. No caso em questão, a proprietária confirmou que o entorpecente era de seu sobrinho, o que fortalece ainda mais os argumentos da polícia. Sem dúvida, em 90% dos casos em que são cumpridos mandados de busca e apreensão, encontramos entorpecentes, o que demonstra uma investigação séria, correta e baseada no respeito ao cidadão", concluiu.