Em uma série de operações coordenadas, a Polícia Civil de Juína desvendou três homicídios ocorridos recentemente na cidade, todos com ligações diretas a uma facção criminosa atuante na região. As investigações, que vinham se desdobrando ao longo dos últimos meses, culminaram em uma importante ofensiva nesta semana, resultando na prisão de suspeitos e na apreensão de armas e entorpecentes.

Segundo o delegado titular Dr. Ronaldo Binotti Filho, os recentes desdobramentos começaram com a execução de mandados de busca em duas residências, ambos emitidos pela terceira vara criminal da comarca de Juína. "Na primeira residência, encontramos uma grande porção de entorpecentes dentro de uma caminhonete na garagem, o que resultou na prisão imediata do suspeito", relatou Binotti. Na sequência, a equipe seguiu para um segundo endereço, onde localizaram mais drogas e duas armas de fogo de alta qualidade, surpreendendo os policiais pela sofisticação dos armamentos apreendidos.

A operação também levou à prisão de uma jovem de aproximadamente 20 anos, diretamente envolvida com a facção criminosa. Ela não só guardava os entorpecentes e as armas, mas também alugou a chácara usada pelos criminosos para seus atos ilícitos. Durante o interrogatório, a jovem colaborou com as autoridades e indicou a localização do corpo de José "Zézinho" Oliveira, desaparecido desde o início de julho. O corpo foi encontrado em uma chácara no setor industrial, pondo fim à angústia de sua família, que já reconheceu e sepultou o ente querido.

Dr. Ronaldo afirmou que os homicídios de Zézinho, Nelson Silva, e de uma menor de 14 anos, estão todos interligados e foram perpetrados pelo mesmo grupo criminoso. "Com essas prisões, esperamos concluir as investigações em breve, encerrando esse ciclo de violência que tanto abalou a comunidade", destacou o delegado.

Ainda segundo Binotti, a motivação para a morte de Zézinho foi o fato de ele adquirir drogas fora da rede da facção, o que selou seu destino trágico. "Foi um crime de extrema covardia, e nossa resposta precisa ser rápida e eficaz para evitar que esses indivíduos continuem aterrorizando nossa região."

As investigações agora se concentram na análise dos dados apreendidos e na identificação de todos os envolvidos nos crimes. A Polícia Civil também está trabalhando para isolar o mandante das execuções, um presidiário que, de dentro da Penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis, continua a comandar operações criminosas.

Com essa resposta contundente da Polícia Civil, espera-se um período de calmaria em Juína, trazendo alívio à população que tem vivido sob o impacto desses crimes violentos. "Foi um período tormentoso para todos, mas conseguimos trazer justiça e um pouco de paz para as famílias envolvidas", concluiu o delegado.