A Polícia Civil de Mato Grosso, em uma operação coordenada com as autoridades de outros estados, conseguiu avançar significativamente na investigação do brutal assassinato e tortura de Gleyson Dyone Nascimento de Jesus, de 32 anos, cujo corpo foi encontrado boiando no Rio Arinos, na rodovia MT-325.
Após a descoberta do corpo, a Polícia Civil iniciou uma série de diligências que levaram à identificação dos responsáveis pelo crime. A investigação revelou que o grupo envolvido no homicídio incluía adolescentes e adultos. Entre os adultos, dois foram identificados como participantes diretos dos atos criminosos e já se encontram sob custódia. Outros três maiores imputáveis também foram identificados e estão presos em cadeias públicas, duas em Mato Grosso e uma no Rio de Janeiro.
Uma mulher envolvida no crime, atualmente foragida, é suspeita de integrar uma organização criminosa ativa em Mato Grosso e teria desempenhado um papel crucial na atração da vítima para o local onde foi torturada e morta. A investigação revelou ainda que a mulher ajudou no transporte e ocultação do cadáver.
O indivíduo preso no Rio de Janeiro, que estava foragido de Mato Grosso, manteve comunicação com outros faccionados e participou de uma reunião virtual onde o assassinato da vítima foi deliberado. As provas obtidas durante a investigação indicam que ele teve um papel ativo na coordenação do crime.
A Polícia Civil está utilizando evidências contundentes para justificar a prisão preventiva dos envolvidos e para formalizar o indiciamento dos suspeitos.
O motivo do crime estaria relacionado a uma suposta informação com detalhes de que a vítima tinha participação de uma facção criminosa rival, embora ainda não se tenha confirmação de que a vítima realmente pertencia a outra facção.
O caso também trouxe à tona a questão preocupante do acesso não autorizado a aparelhos de comunicação dentro dos presídios. A polícia destacou que a falta de controle sobre dispositivos móveis em unidades prisionais contribui para a continuidade de atividades criminosas mesmo dentro das cadeias. Apesar da existência de tecnologias que poderiam restringir sinais de celulares, sua implementação ainda é complicada.
A Polícia Civil de Mato Grosso irá continuar com as investigações e ações para responsabilizar todos os envolvidos, incluindo aqueles que, mesmo virtualmente, colaboram para a perpetuação de crimes.