A Vigilância Sanitária de Juína está em alerta diante do aumento de casos de arboviroses como dengue e chikungunya, especialmente com o início do período de chuvas. Em entrevista à nossa equipe, Geane Rodrigues, coordenadora da Vigilância Sanitária, destacou a importância dos cuidados preventivos, como a eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti.
"Estamos alertando a população sobre a importância de manter os quintais limpos para evitar as consequências graves dessas doenças. No nosso último levantamento, encontramos um grande volume de larvas do mosquito em várias áreas da cidade", informou Geane. Ela também reforçou a necessidade de atenção aos sinais e sintomas das doenças. "Febre alta e súbita, dores de cabeça, nas articulações e nos olhos são alguns dos sinais que devem levar a pessoa a procurar imediatamente uma unidade de saúde", ressaltou.
Geane explicou que, caso não seja tratado, o quadro pode evoluir para sintomas mais graves, como dor abdominal intensa, vômito e manchas avermelhadas na pele, que indicam a chamada dengue com sinais de alarme, que anteriormente era conhecida como dengue hemorrágica.
Além da dengue, outras arboviroses, como zika e chikungunya, estão preocupando a Vigilância. Geane enfatizou que o objetivo é evitar o aumento dos casos e possíveis óbitos. "O que a gente quer evitar é um desfecho fatal. Por isso, é essencial seguir as orientações médicas e manter os cuidados com o ambiente", alertou.
O coordenador da Vigilância Ambiental, Paulo Santana, trouxe mais dados preocupantes. Segundo ele, o município apresentou um índice de infestação predial de 2,3%, enquanto o limite aceitável pelo Ministério da Saúde é de apenas 1%. "O levantamento do LIRAa mostrou que 87% dos focos estão em locais que poderiam ser evitados, como caixas d'água descobertas, tambores e pratinhos de plantas".
Paulo destacou que, mesmo durante o período seco, a água acumulada em recipientes domésticos e o lixo espalhado representam grandes riscos. "Pedimos à população que reserve 20 minutos, a cada três dias, para inspecionar seus quintais e evitar o acúmulo de água parada. O esforço coletivo é fundamental para prevenir um surto", afirmou.
A equipe de vigilância também se mantém ativa no monitoramento dos criadouros, como explicou Lúcimar Sotero, responsável pela identificação das larvas coletadas. "Dentro de um dia, conseguimos identificar a presença do Aedes aegypti ou outros mosquitos, permitindo que ações rápidas sejam tomadas nas áreas mais afetadas", concluiu Lúcimar.
As autoridades reforçam a importância da colaboração da população, principalmente no descarte correto de resíduos e no cuidado com recipientes que possam acumular água. A expectativa é que, com a intensificação das ações preventivas, o município consiga reduzir o número de casos e focos do mosquito transmissor.