Seja bem-vindo ao portal: Amplitude News

NOTÍCIAS

Cabo da PM acusado de grampos é solto com tornozeleira após 9 meses e sorri ao sair do Fórum de Cuiabá

Gerson Corrêa Junior foi solto na noite dessa quarta-feira (14). O cabo que está visivelmente mais magro passou por audiência de custódia no Fórum da capital

Data: Quinta-feira, 15/03/2018 09:12
Fonte: G1 MT

O cabo da Polícia Militar Gerson Corrêa Junior foi solto na noite dessa quarta-feira (14) depois de passar nove meses preso, por suspeita de participação no esquema de grampos na PM. Gerson passou por audiência de custódia onde foi colocada a tornozeleira eletrônica.

O cabo era o único dos cinco militares que ainda estava preso. Eles foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por operação e apoio ao esquema.

Ao sair do Fórum de Cuiabá, acompanhado do advogado dele, Gerson, que visivelmente perdeu peso, sorriu para os jornalistas. Ele usava bermuda e chinelo.

A liberdade foi concedida pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), nessa quarta-feira, atendendo a um pedido de habeas corpus da defesa. Outros pedidos já haviam sido negados anteriormente.

O cabo está proibido de sair da região metropolitana de Cuiabá, sem autorização da Justiça, e terá que comparecer ao Fórum todos os meses, além não poder manter contato com testemunhas e outros acusados no processo.

Gerson também está impedido de frequentar órgãos públicos, especialmente a Polícia Militar.

Além do monitoramento eletrônico, o cabo fica submetido a recolhimento domiciliar entre 20h e 6h durante a semana e de forma integral aos finais de semana e feriados.

 

A denúncia

 

Segundo a denúncia, foi Gerson quem fez à Justiça os pedidos de autorização para interceptação de números de telefones de políticos, advogados e jornalistas, grampeados no esquema.

Esse tipo de gravação telefônica clandestina, de pessoas que não são acusadas de crime, é conhecida como “barriga de aluguel”.

Além de Gerson, são réus no processo os coronéis Zaqueu Barbosa, Ronelson Barros e Evandro Lesco, ex-chefe da Casa Militar, e o tenente-coronel Januário Batista. Todos estão soltos.

Eles respondem por falsidade ideológica após apresentar números de telefones sob o falso argumento de que pertenceriam às pessoas investigadas pela prática de crime de tráfico de drogas e organização criminosa; falsificação de documento, já que os militares teriam emitido documentos com carimbos e rubricas falsos da Diretoria Central de Inteligência (Daci).