A Polícia Federal realizou a operação Thema na sexta-feira (23) para desarticular uma quadrilha suspeita de tráfico de drogas. As drogas importadas por uma quadrilha que abastecia Paraíso do Tocantins, na região central do estado, percorriam mais de dois mil quilômetros antes de chegar ao destino final. A investigação da Polícia Federal aponta que a porta de entrada dos entorpecentes no país é por Mato Grosso e que a rota do tráfico passa pelo Pará antes da chegada no Tocantins.
Para evitar estradas mais fiscalizadas, os traficantes passavam pelas cidades de Pontes e Lacerda, Guarantã do Norte, todas no Mato Grosso. De lá, o produto era levado para Santana do Araguaia (PA). A travessia para o Tocantins era realizada em Caseara, no oeste do estado. Só então é que o material era transportado para Paraíso.
O suspeito de chefiar a rede de distribuição de drogas em Paraíso do Tocantins recebia as encomendas em uma distribuidora de bebidaspara despistar a polícia. Milton Borges de Lima foi preso durante a operação Thema na manhã desta sexta-feira (23).
A polícia também prendeu Luiz Carlos do Tocantins. Ele foi capturado em Redenção (PA), mas mora em Mato Grosso. A polícia informou que ele é apontado como o maior fornecedor de cocaína da região central do Tocantins.
Segundo a PF, ele mandava cerca de 200 quilos por ano para o estado. Parte dessa droga chegou a ser apreendida durante as investigações. A substância era transportada escondida em carros de passeio.
Ao todo, 130 policiais cumpriram 47 mandados, sendo 26 de prisão e 21 de busca e apreensão, no Tocantins e em mais quatro estados: Mato Grosso, Maranhão, Minas Gerais e Pará. A operação foi realizada para combater um grupo suspeito de tráfico de drogas interestadual.
No Tocantins, as ações se concentraram em Paraíso do Tocantins. O homem que foi preso na cidade já foi condenado por tráfico de drogas, conforme a polícia. A mulher dele foi detida para dar esclarecimentos sobre possível envolvimento no esquema. Elivan Cardoso também foi preso na cidade suspeito de ajudar na distribuição.