O corpo do brasileiro Caique Trindade de Oliveira, de 24 anos, foi encontrado no subúrbio de Dublin, na Irlanda, na noite desta segunda-feira. Caíque estava desaparecido desde o dia 6. A mãe dele, Valclecia Trindade, confirmou ao G1 que reconheceu o corpo do filho nesta terça-feira (27).
"Acharam ontem (segunda) no início da noite e hoje fui fazer o reconhecimento. Fui a primeira pessoa a ser informada", disse Valclecia, que está na Irlanda desde o desaparecimento do estudante.
Segundo o jornal "The Irish Times", o corpo do estudante brasileiro foi encontrado pela polícia no Corkagh Park, um parque localizado em Clondalkin, subúrbio de Dublin. A causa da morte não foi divulgada.
Na segunda-feira, antes de receber a confirmação oficial, Valclecia escreveu: "Após dias de buscas e sem respostas sobre meu filho, Caique, hoje recebi a dolorosa notícia de que um corpo foi encontrado e que possivelmente seja ele. Infelizmente já anunciaram em um jornal local sem a confirmação oficial minha ou da polícia local sobre o corpo. Amanhã saberemos se é ou não o meu filho. Gostaria de agradecer a todos que contribuíram de alguma forma, e gostaria de pedir que respeitassem nesse momento a minha dor e a dor da minha família."
Em nota, o Itamaraty afirmou que "desde a notícia do desaparecimento de Caíque Andrade, o setor consular da Embaixada do Brasil em Dublin vem acompanhando o caso e prestando apoio à família, que foi recebida na missão diplomática brasileira. A embaixada presta assistência à mãe do nacional brasileiro tanto nos contatos com as autoridades irlandesas, quanto com vistas à resolução dos trâmites burocráticos necessários".
Segundo a mãe, Caíque saiu da casa onde morava desde fevereiro, na cidade de Clondalkin, subúrbio de Dublin, na manhã do dia 6, e não retornou.
“Sua carteira com dinheiro, cartão de crédito e Leap Card [bilhete de transporte público] foi encontrada no dia 7/3 em um mercado da rede Tesco próximo a casa em que estava morando”, diz a mensagem de Valcleia.
À reportagem, Valclecia disse que o programa de intercâmbio de Caíque, que havia começado há pouco tempo, incluía 6 meses de trabalho e estudo de inglês, e outros 2 de férias. Sua primeira opção era o Canadá, mas o país não permite ao estrangeiro trabalhar com visto de estudante. Caíque também tentou ir para os EUA, mas não obteve visto.
Ela disse que chegou à Irlanda no dia 8 e comunicou então à polícia local, chamada Gardaí, a qual tem prestado apoio à família durante as investigações.