A Polícia Judiciária Civil (PJC) cumpriu ontem (28/03) uma das maiores operações contra o tráfico de drogas em Alto Araguaia (MT), intitulada Operação Purgato. Com o apoio da Polícia Militar, foram exercidos 21 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão domiciliar.
Equipes da Gerência de Operações Especiais (GOE), Grupo Armado de Resposta Rápida (GARRA), do Núcleo Investigativo Operacional (NIO) da Polícia Judiciária Civil e a Força Tática da PM participam da operação, totalizando mais de 100 policiais da cidade e do núcleo de Rondonópolis.
De acordo com o delegado regional de Rondonópolis, Claudinei Souza Lopes, o trabalho ganhou proporção inédita. “Esta é a maior operação já ocorrida em Alto Araguaia e região, de enfrentamento qualificado às organizações e associações criminosas, combatendo com seriedade o tráfico de drogas buscando retirar de circulação estes traficantes”, destaca.
A PJC de Alto Araguaia, através do Núcleo Investigativo Operacional iniciou as investigações há cerca de 5 meses, com o objetivo de identificar os membros de uma associação criminosa responsável pela maior parte do comercio de drogas da cidade e de municípios vizinhos, como Alto Taquari (MT), Santa Rita do Araguaia (GO) e Mineiros (GO).
Durante as investigações foram realizadas interceptações telefônicas com autorização judicial, afim de identificar e monitorar os acusados que através das conversas telefônicas comercializavam as drogas. Ao todo, foram quase 1500 conversas interceptadas, sendo que a maioria tem relação com o tráfico.
Segundo o relatório final da Operação Purgato, as conversas captadas em um dos celulares comprovam que o telefone foi utilizado em forma de rodizio pelos acusados. As investigações também apontam que a organização realizava o tráfico de forma intensa, onde a droga era distribuída para outros participantes da associação que se encarregavam de repassa-la ao consumidor final.
A dinâmica utilizada para a pratica criminosa era através de Jose Renato que trazia os entorpecentes até Alto Araguaia, em seguida o repassava para outro membro da organização que estava em pose do celular interceptado e essa pessoa realizava a entrega da droga para terceiros.
Outro celular interceptado estava sendo utilizado por Nicácio Marciano Carrijo Neto, com o auxílio de Glaucia Gomes Moreira e Wagner Nunes Frederico Teixeira, que remetiam drogas a detentos no presidio da cidade de Mineiros (GO), sendo Glaucia a responsável por entrar no presidio com a droga.
A partir dos elementos colhidos, ficou decretada a prisão preventiva em relação a 21 pessoas envolvidas com o crime de tráfico de drogas, associação para tráfico e por busca e apreensão na residência de 10 desses, o que foi prontamente deferido pelo poder judiciário.