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Tenente do Bope foi morto por disparo de arma de PM em confronto, aponta inquérito

Data: Sexta-feira, 07/07/2017 18:38
Fonte: Olhar Cidade
O tiro que atingiu o tenente Carlos Henrique Scheifer, de 28 anos, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), morto no dia 13 de maio em confronto com assaltantes, partiu da arma de outro policial que participava da ação. A informação consta no inquérito policial militar e foi divulgada nesta quinta-feira (6) pela Polícia Militar.

Sheifer morreu enquanto participava de uma operação do Bope que procurava assaltantes de banco na região de Matupá, a 696 km de Cuiabá. A ação policial terminou com quatro suspeitos presos e dois mortos, além de outros dois que conseguiram fugir.

Segundo a PM, o inquérito foi aberto para apurar a morte e as circunstâncias que levaram ao óbito do tenente Scheifer. Durante a instrução do inquérito, o oficial encarregado solicitou exame de balística e constatou que o disparo que vitimou o tenente partiu da arma de outro policial militar que o acompanhava.

Ainda conforme a PM, os policiais envolvidos já estão afastados das atividades operacionais do Bope e se encontram à disposição da investigação e da justiça. O inquérito policial militar busca individualizar as condutas dos policiais naquele confronto e, após conclusão, será enviado para a Justiça Militar.

O caso

O tenente participava de uma operação que prendeu quatro homens e apreendeu armas no dia 13 de maio. Eles são suspeitos de integrarem uma quadrilha de assalto a banco e também teriam trocado tiro com a PM no distrito de União do Norte, em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, um dia antes da morte do tenente.

Depois desse confronto, policiais do Bope saíram de Cuiabá e foram para Matupá em busca de prender a quadrilha. Scheifer era recém-formado no curso que capacita policiais militares para atuar no Bope. Tinha entrado para a corporação há menos de dois meses. Antes, havia atuado no Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron). Ele era casado.

Após a morte do tenente, a Associação Brasileira de Operações Especiais (Abopesp) começou a arrecadar doações para construir uma estátua em homenagem ao policial. A estátua deve ser reproduzida no tamanho real do tenente, inclusive com as mesmas roupas e equipamentos que ele usava no dia que foi morto.