Após a pressão de moradores, o governador Pedro Taques disse que o novo Instituto Médico Legal (IML) não deve ser mais instalado na região do Moinho, em Cuiabá. A informação foi proferida nesta quarta-feira (11), durante visita às obras do novo Pronto-socorro. A obra já havia sido embargada pela Prefeitura de Cuiabá.
Associações de moradores da região do Moinho, em Cuiabá, já haviam se reunido com o secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos, e o secretário de Segurança Pública, Eduardo Garcia, além de outros representantes do Executivo Estadual e Municipal para discutir a abertura IML, no bairro Jardim Universitário. Eles eram radicalmente contra a instalação.
O presidente da Associação dos Moradores do bairro Recanto dos Pássaros, Ronald Muzzi, em entrevista recente ao Olhar Direto, contou que os moradores seriam contra a implantação devido à falta de transparência.
“Primeiro está sendo feito sem transparência. Foi apresentado para nós da comunidade local, impacto ambiental, mobilidade urbana. Próximo tem uma rede de abastecimento de água, corremos o risco de vazamento e contaminação”, argumentou.
De acordo com a Prefeitura de Cuiabá, a obra estava embargada, pois o local não possui habite-se e nem licença ambiental, por estar em desconformidade com o projeto inicial, que previa a construção de uma galeria comercial.
A decisão de recuo foi tomada após uma conversa entre o governador e o secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia. Eles chegaram à conclusão de que a melhor escolha é implantar a unidade em um novo local, ainda não definido.
O novo IML deve ser construído em acordo entre o Estado e iniciativa privada. Um encontro com os moradores deverá anunciar oficialmente a decisão do Estado.