Com síndrome de Guillain-Barré, uma dona de casa de 32 anos está internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, no aguardo da transferência a Cuiabá para ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e receber acompanhamento com um neurologista.
No município, o Sistema Único de Saúde (SUS) não dispõe de neurologista.
Lilian Félix da Silva está numa cadeira de rodas e perdeu parte dos movimentos. Ela espera um leito de UTI desde a última terça-feira (10), data que foi encaminhada para a UPA.
"Hoje eu preciso de uma vaga no Hospital Universitário Júlio Müller para continuar meu tratamento neurológico, porque aqui (em Tangará da Serra) não tem neurologista pelo SUS", disse.
Tem dois meses que ela foi diagnosticada com Guillain Barré.
Há duas semanas, a Lilian ainda conseguia andar e agora faz poucos movimentos. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o nome dela foi encaminhado para a Central de Regulação do Estado, quando ela chegou na UPA no início da semana.
Como em Tangará da Serra não tem neurologista que atende pela rede pública e nem UTI, ela precisa ser transferida para Cuiabá.
Em nota enviada às 9h52, a Secretaria de Saúde do Estado informou que foi pedida uma vaga de UTI para Lilian e que aguarda a atualização do sistema da central de regulação do Sistema Único de Saúde (SUS) para a transferência. Informou ainda que Lilian passa por um tratamento contra uma infecção urinária e que só vai ser transferida depois desse tratamento ser feito.
Mas, depois, às 12h15, a pasta emitiu uma nota nota dizendo que a Central de Regulação Estadual do SUS informou que a paciente está com quadro de saúde estável e que será submetida a exames e que não foi confirmada a necessidade de UTI como havia sido solicitado anteriormente.