O tráfego de caminhões e carretas de Mato Grosso voltou a fluir normalmente nesta segunda-feira, nos dois sentidos da rodovia federal, no trecho de Campo Verde até Novo Progresso, no Pará (596 quilômetros de Sinop). As informações foram confirmadas através do boletim da assessoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que monitora diariamente a via no estado paraense, com apoio do Exército e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Na última sexta-feira, ao menos mil caminhões e carretas ficaram parados em um trecho sem asfalto da rodovia devido aos atoleiros. O caminhoneiro e morador de Guarantã do Norte, João Carlos Miranda disse, anteriormente, ao Só Notícias, que estavam enfileirados e impedidos de trafegar. “Ficamos parados 50 quilômetros antes do Moraes Almeida. São apenas 8 quilômetros depois de Moraes Almeida que está intransitável. Tiveram vários dias de estiagem, mas não arrumaram. Agora choveu eles fecharam. Nós motoristas é que pagamos o preço”.
A maior parte da BR-163 está pavimentada desde Mato Grosso até o Pará, restando poucos trechos em obras. Dos 710 quilômetros da BR-163 localizados entre a divisa com Mato Grosso até a entrada para o Porto de Miritituba, 620 quilômetros já foram pavimentados pelo DNIT, com investimento de R$ 1,37 bilhão do governo federal. Os pouco mais de 90 quilômetros a serem asfaltados estão divididos em dois lotes de obras que estão em andamento.
Conforme Só Notícias já informou, em janeiro deste ano, os caminhoneiros começaram a ficar sem água para beber e preparar a alimentação. Eles ficaram parados com carretas e caminhões carregados por mais de uma semana, em um trecho sem asfalto, de pelo menos 50 quilômetros na rodovia federal, nas proximidades da comunidade Riozinho, cerca de 22 quilômetros de Morais Almeida. Os atoleiros prejudicam o transporte de grãos entre o Mato Grosso até o porto de Miritituba (PA).