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Procura por vacina contra a gripe aumenta após morte de professora e longas filas se formam em clínicas de MT

Camila Ramos, de 29 anos, morreu no Hospital Regional de Sorriso no domingo (15) e médicos suspeitam de H1N1. Campanha de vacinação na rede pública começa na próxima semana no município.

Data: Terça-feira, 17/04/2018 20:33
Fonte: G1 MT

Em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, a suspeita dos médicos de que a morte da professora Camila Ramos de Souza, 29, tenha sido causada pelo vírus H1N1, assustou os moradores do município, que desde segunda-feira (16) formam longas filas nas clínicas particulares em busca de vacinas contra a gripe.

Camila Ramos morreu no domingo (15), com pneumonia bacteriana, no Hospital Regional de Sorriso, após ser diagnosticada por cinco vezes com virose na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.

Durante o velório, o caixão da professora foi lacrado por orientação da equipe médica, para evitar possível contaminação, caso os exames confirmem que a paciente realmente estava com o vírus H1N1.

Nas clínicas particulares de Sorriso, a busca pela imunização contra os vírus H1N1 e H3N2 aumentou. Em apenas uma unidade de saúde, mais de 3 mil doses de vacina foram aplicadas nas últimas 24 horas. As clínicas orientam os moradores a ligarem antes de irem até as unidades, a fim de saber se ainda há vacinas disponíveis.

Além disso, nas farmácias e mercados, o aumento da procura por álcool em gel fez com que a mercadoria esgotasse em alguns estabelecimentos.

Na rede pública de Sorriso, a campanha nacional de vacinação para influenza dos tipos H1N1 e H3N2 deve ter início na próxima segunda-feira (23). A liberação, segundo o Ministério da Saúde, será feita apenas para os grupos prioritários: idosos, crianças com até cinco anos de idade, gestantes e profissionais da saúde e da educação.

Balanço

 

O último boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) apontou a existência de 42 notificações de influenza em Mato Grosso neste ano. Ao todo, 21 casosseguem sob investigação de contaminação pelo vírus H3N2, que já circulou nos Estados Unidos e agora circula no Brasil.

Além disso, a Vigilância Epidemiológica confirmou uma morte pelo vírus H1N1 em Cuiabá.

Segundo a pasta, 13 dos casos notificados evoluíram para cura, mas outras oito pessoas morreram e as causas estão sendo investigadas.