Seja bem-vindo ao portal: Amplitude News

NOTÍCIAS

Fotógrafa investe em registrar o melhor da vida: nascimentos

Fotógrafa está no ramo desde 2014 e aposta no vínculo com a mãe antes do parto para criar seus ensaios de newborn

Data: Sexta-feira, 20/04/2018 11:34
Fonte: Circuito MT

O nascimento é um momento único em que mãe e filho fortalecem o vínculo preestabelecido entre ambos durante a gestação do bebê. Ele precisa ser celebrado, podendo ser enaltecido das mais variadas formas. Graças à fotografia, podem-se fazer registros caseiros diversos que vão desde os primeiros meses de gestação até os primeiros dias da criança e da mãe após o parto.

Enquanto alguns, talvez por motivos financeiros, prefiram manter os registros cada vez mais amadores, outros, entretanto, investem pesado para ter o melhor desse período que passa num piscar de olhos.

Desde 2014, a fotógrafa Gabi Mattiello passou a focar seus trabalhos fotográficos em mamães e seus futuros filhos, com ensaios durante a gestação, parto e primeiras semanas de vida do bebê, conhecido também como newborn. Durante um mês, ela chega a fazer até 14 ensaios, fora a “cobertura” dos partos. “É onde eu vejo mais amor”, revela a fotógrafa em entrevista ao Circuito Mato Grosso sobre seu trabalho.

As mães a procuram por indicação de família e amigos ou por já conhecerem seu trabalho — o Instagram se tornou seu grande carro-chefe. O primeiro contato entre Gabi e as mães acontece pelo WhatsApp. As mães pedem, inicialmente, orçamento para o book gestante, mas acabam fechando um pacote completo por gostarem da proposta.

Gabi revela que gosta de saber tudo sobre a mãe e o bebê que está por vir. Ela acredita que a criação deste vínculo com a mãe é necessário para se criar uma confiança entre ambas. “Não é só mais um cliente. Não é um número. Não é mais um parto”, explica.

Partos

Os preparativos começam logo na 38ª semana de gestação – Gabi passa a acompanhar a mamãe prematuramente porque há casos em que o bebê nasce antes do previsto. Ela entra no hospital na fase ativa do trabalho de parto, mas isto não implica no nascimento da criança em breve, tendo casos de passar horas no local. “A partir do momento que eu entro no hospital, eu só saio depois que o bebê nasce, não importa quanto tempo isso vai levar”, revela.

Dificuldades

Apesar da rigidez de alguns hospitais, Gabi afirma que nunca teve algum problema para realizar as fotos em Cuiabá – em São Paulo, porém, já foi impedida. Aqui em Cuiabá, o Hospital Santa Rosa e Femina Hospital Infantil e Maternidade credenciaram um grupo de fotógrafos para assegurar livre acesso aos profissionais e evitar possíveis problemas.

As principais dificuldades acontecem durante o parto. A luz é um dos grandes empecilhos. Às vezes ela é quase inexistente, geralmente em partos humanizados, mas em outras é excessiva, como em cesáreas, em que uma forte luz é direcionada à barriga da gestante. Como a mãe é a protagonista, Gabi não utiliza flashes em suas fotografias para evitar incômodo.

O espaço também pode se tornar um problema já que em alguns hospitais as salas são muito pequenas; e há várias pessoas nesse local minúsculo, dificultando o enquadramento. Ainda há a preocupação com os equipamentos médicos, havendo um policiamento próprio de como se comportar dentro da sala cirúrgica.

Book gestante e newborn

Grande parte dos ensaios é feita nas casas das próprias mães, apesar de Gabi disponibilizar um estúdio próprio. Ela explica que o ensaio feito em casa é ótimo para mães e pais tímidos, como também dá uma identidade própria às fotos. A sensualidade das mães gestantes também é explorada nos ensaios. “Eu gosto de mostrar que elas ficam super sexys cheias de curvas”, explica.

As mães que fazem seus ensaios seguem perfis distintos. A maioria delas está em sua primeira gestação. Aquelas em sua segunda ou terceira não fizeram ensaios prévios, seja por questões financeiras ou por falta de evidência na época – o newborn, por exemplo, é relativamente novo.

O começo

Antes de se tornar fotógrafa, Gabi trabalhou por 10 anos numa administradora de consórcios, mas revela que sempre gostou de fotografia. Após uma reestruturação da empresa que resultou em sua demissão, ela foi para São Paulo e por lá fez um curso de fotografia. De volta a Cuiabá, a fotógrafa trabalhou durante um mês em um estúdio para entender como o ramo funcionava de fato. Porém, insatisfeita, começou a trabalhar sozinha com serviços esporádicos. No ano seguinte passou a se dedicar à fotografia de partos.