Em 2017, mais de 500 famílias foram vítimas de pistolagem durante conflitos no campo, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT). Os crimes, segundo a instituição, estão ligados à violência contra a ocupação e a posse de terras em diversos municípios do estado.
Os números de crime de pistolagem aumentaram em relação ao ano de 2016. Nesse ano, Mato Grosso registrou 272 casos de pistolagem
Em coletiva de imprensa na quinta-feira (19), um ano após o massacre de nove trabalhadores em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, a instituição cobrou justiça para os casos e apontou a impunidade como fator determinante para os crimes.
A impunidade, segundo a CPT, gera a vulnerabilidade e institucionaliza a violência contras as famílias camponesas.
“Institucionalizando assim a violência, pode-se matar. Compensa-se matar, pois o poder da concentração de terras e concentração de financiamentos são a concentração do poder político, social e econômico”, diz trecho do documento.
Segundo o Fórum Direiros Humanos e da Terra, em Mato Grosso, entre 1995 e 2017 foram registradas que:
As duas instituições protocolam no governo um documento cobrando fim da impunidade.
“Percebe-se a agilidade do Judiciário para retirar da terra, a pedido ou mando de fazendeiros, as famílias camponesas que buscam um pedaço de chão. Quando se trata de punição aos que assassinaram camponeses de forma cruel, não se percebe a mesma agilidade”, diz trecho do documento protocolado.