Diretor e roteirista de longas-metragens clássicos do Cinema Novo brasileiro, como "Vidas Secas" (1963) e "Rio, 40 Graus" (1955), Nelson Pereira dos Santos faleceu neste sábado (21), aos 89 anos. O cineasta estava em tratamento contra uma pneumonia desde o último dia 12, quando foi internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro.
Durante a internação, Nelson Pereira dos Santos foi diagnosticado com um grande tumor no fígado. A expectativa é que o corpo seja velado na Academia Brasileira de Letras (ABL). Desde 2006, o cineasta ocupava a cadeira que tinha sido do diplomata Sergio Corrêa da Costa.
“Ele estava ótimo, não estava doente. Foi internado com uma pneumonia, na semana passada, que cedeu. Estava lúcido, mas cansado. Morreu sem dor, uma morte tranquila, com toda a família reunida”, disse, ao Estadão, a neta e publicitária Mila Chaseliov.
Nascido em São Paulo e advogado por formação, Nelson, que faria 90 anos em outubro, atuou como jornalista, em redações como as do Diário da Noite e O Tempo. O diretor trabalhava na programação cultural da ABL. Um dos últimos filmes dele foi o documentário "A música segundo Tom Jobim", lançado em 2012.